A VANGUARDA PARTICIPACIONISTA BRASILEIRA (1954-1973)
DOI:
https://doi.org/10.5380/his.v42i0.4647Palavras-chave:
Hélio Oiticica, vanguarda brasileira, nova objetividade brasileira, Brazilian Avant-garde, Brazilian New ObjectivityResumo
As posições teóricas do artista plástico Hélio Oiticica, e a sua atuação cultural na segunda metade da década de 60, aparecem, na maioria das vezes, como oposição àquelas defendidas pelo poeta e crítico de arte Ferreira Gullar, revelando um embate, discutido pela historiografia desse período, entre uma vanguarda artística modernizante e uma arte engajada de esquerda. Entretanto, no que diz respeito à formulação de uma vanguarda brasileira, e em muitos aspectos relativos ao envolvimento do artista em questões sociais e políticas, podemos encontrar muitos pontos em comum nas idéias defendidas pelos dois artistas. No texto que segue, indicaremos algumas convergências no modo como Hélio Oiticica e Ferreira Gullar teorizaram a vanguarda brasileira, a partir de transformações no sistema da arte especialmente no objeto artístico (obra aberta) e na recepção do espectador (participação) , envolvendo também o tema do engajamento do artista em questões sociais e políticas do país. Defenderemos aqui a hipótese de que, tanto na poética de Oiticica, quanto no pensamento de Gullar, conceitos estéticos como obra aberta e participação do espectador estão vinculados com questões sociais e políticas, questionando assim as opiniões de que o artista carioca seria um modelo de vanguardista e o poeta maranhense um modelo de artista engajado. Finalmente, este trabalho intenciona analisar criticamente a questão da validade e das especificidades de uma vanguarda artística fora dos grandes centros da arte mundial.
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