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HANSENÍASE EM PAÍSES FRONTEIRIÇOS NA AMÉRICA DO SUL: UM ESTUDO ECOLÓGICO

Keurilene Sutil de Oliveira, Marcos Augusto Moraes Arcoverde, Enrique Jorge Deschutter, Alex Junior da Silva, Adriana Zilly, Reinaldo Antonio da Silva Sobrinho

Resumo


Objetivo: caracterizar o perfil clínico epidemiológico e a distribuição espacial da incidência da
hanseníase em territórios fronteiriços da América do Sul.
Método: trata-se de um estudo ecológico. O estudo compreendeu a Província de Misiones na
Argentina e a Região Sul do Brasil. A população foi composta por 10.319 casos novos de hanseníase,
diagnosticados entre 2010 e 2016.
Resultados: o estado do Paraná foi o mais endêmico, representando 70,2% (n=7,247) dos
casos. Houve predomínio da classificação operacional multibacilar (79,8%, n=8.233) e Grau 0
de incapacidade física (50,6%, n=5.223). Em Misiones 18,9% utilizaram esquema de tratamento
substitutivo. No período, notou-se uma situação hiperendêmica em 780 (65,5%) dos municípios/
departamentos estudados.
Conclusão: o estudo mostrou que as regiões estudadas apresentam alta endemicidade, transmissão
ativa e diagnóstico tardio da hanseníase. Essas tendências entrelaçadas à força de morbidade e de
transmissão recente e persistente da doença, ampliam a relevância da hanseníase como problema
de saúde pública na região.


Palavras-chave


Hanseníase; Incidência; Análise espacial; Saúde na fronteira; Doenças transmissíveis.

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DOI: http://dx.doi.org/10.5380/ce.v24i0.64917