Baco Exu do Blues e as representações de homens negros sobre si
DOI:
https://doi.org/10.5380/cra.v24i2.87750Keywords:
Masculinidades negras, Baco Exu do Blues, Representações, ColonialidadeAbstract
Esse artigo trata de analisar as representações sobre as masculinidades negras no tempo presente a partir das rimas e falas de Baco Exu do Blues, nome artístico de Diogo Álvaro Ferreira Moncorvo. A nossa proposta é abordar as disputas e dinâmicas de (des)construção das imagens produzidas historicamente sobre os homens negros sem desconsiderar as ambiguidades e as teias de poder que podem levar sujeitos inscritos em masculinidades subalternas a reproduzirem repertórios da masculinidade hegemônica em sua afirmação de poder. O aporte oferecido pelas Ciências Sociais - especialmente os Estudos Culturais e os escritos de Stuart Hall - articulado à sensibilidade teórico política do feminismo negro e do feminismo decolonial foram de grande valia para a construção dessa análise, na qual interligamos os temas: masculinidades, mídias digitais e colonialidade.
References
Referências Bibliográficas
FONTES:
Baco Exu do Blues. (2018) Blueman [Vídeo]. EAEO Records. Recuperado de https://www.youtube.com/watch?v=-xFz8zZoDw&list=OLAK5uy_kZaCmHvjwKtsp9o6T_xvTI4yncQ6zCCtc
Baco Exu do Blues. (2017) Esú. Selo: independente [Vídeo]. YouTube. Recuperado de
https://www.youtube.com/watch?v=CAzGBBIKJNY&list=OLAK5uy_lWlFUc-Jc10G4YbyZfR6g9d6MPpzGJC_E
Canal Brasil. (2019). Baco Exu do Blues e Lázaro Ramos: Espelho [Vídeo]. YouTube. Recuperado de https://www.youtube.com/watch?v=ghzaX-NteLI&t=1140s
Ipdrua. (2019). Sulicidio - Baco Exu do Blues & Diomedes Chinaski [Prod Mazili] [Vídeo]. YouTube. Recuperado de https://www.youtube.com/watch?v=OoWPHgvi16I
Papo de música. (2019). Papo de Música com Baco Exu do Blues [Vídeo]. YouTube. Recuperado de https://www.youtube.com/watch?v=GYKOk_D5Am0&t=15s
Provocações. (2019). Baco Exu do Blues [Vídeo]. TV Cultura. Recuperado de https://tvcultura.com.br/videos/71657_baco-exu-do-blues-provocacoes.html
Rap Box. (2016). Ep. 111 - Baco Exu do Blues - Trocando ideia [Vídeo]. YouTube. Recuperado de https://www.youtube.com/watch?v=XiuNULSedD8
Rvrb. (2018). Baco Exu do Blues fala sobre a depressão: Reverb Entrevista [Vídeo]. YouTube. Recuperado de https://www.youtube.com/watch?v=Aot5AH5PZZ4&t=40s
BIBLIOGRAFIAS:
Albuquerque Jr, D. M. (2013). Nordestino: invenção do “falo”: uma história do gênero masculino (1920-1940). 2.ed. São Paulo: Intermeios.
Almeida, H. B. de, Simões, J. A., Moutinho, L., & Schwarcz, L. M. (2018). Numas, 10 anos: um exercício de memória coletiva. In G. S. R. Saggese, M. Marini, R. A. Lorenzo, J. A. Simões, & C. D. Cancela (orgs). Marcadores sociais da diferença: gênero, sexualidade, raça e classe em perspectiva antropológica. São Paulo: Gramma.
Antunes, P. (2018). Rolling Stone Brasil: os 50 melhores discos nacionais de 2018. Rolling Stone Brasil.. Recuperado de https://rollingstone.uol.com.br/noticia/rolling-stone-brasil-os-50-melhores-discos-nacionais-de-2018/
Carneiro, S. ( 2005). A construção do Outro como Não-Ser como fundamento do Ser. Tese (Doutorado em Educação), Universidade de São Paulo, São Paulo.
Crenshaw, K. (2002). Documento para o encontro de especialistas em aspectos da discriminação racial relativos ao gênero. Revista Estudos Feministas, 10, 171-188. https://doi.org/10.1590/S0104-026X2002000100011
Connell, R. W. (1997). La organización social de la masculinidad. In T. Valdés, & J. Olavarría (orgs). Masculinidades, poder y crisis. (pp. 31-48). Santiago de Chile: Flasco.
Connell, R., & Messerschmidt, J. (2013). Masculinidade hegemônica: repensando o conceito. Revista Estudos Feministas, 21(1), 241-282. https://doi.org/10.1590/S0104-026X2013000100014
G1.(2019). Clipe de Baco Exu do Blues ganha prêmio no festival de publicidade de Cannes. Portal de notícias Globo, São Paulo. Recuperado de https://g1.globo.com/economia/midia-e-marketing/noticia/2019/06/19/clipe-de-baco-exu-do-blues-ganha-premio-no-festival-de-publicidade-de-cannes.ghtml.
Hall, S. (2016). Cultura e Representação. Rio de Janeiro: Ed. PUC-Rio.
Hooks, B. (1989). Talking Back: Thinking Feminist, Talking Back. Boston: South and Press.
Lugones, M. (2008). Colonialidad y Género. Tabula Rasa, 9, 73-102. https://doi.org/10.25058/20112742.340
Lugones, M. (2014). Rumo a um feminismo descolonial. Revista Estudos Feministas, 22, 935-952. https://doi.org/10.1590/%25x
Oliveira, A. S. de. (2018). O evangelho marginal dos Racionais MC’s. In R. MC’s (eds). Sobrevivendo no Inferno (pp. 19-41). São Paulo: Companhia das Letras.
Pinho, O. (2004). Qual a identidade do Homem Negro? Democracia Viva, 22, 64-69.
Quijano, A. (2005). Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina. In E. Lander (org). A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. Perspectivas latino-americanas (pp. 107 -130). Ciudad Autónoma de Buenos Aires: CLACSO.
Rosa, W. (2006). Homem Preto do Gueto: um estudo sobre a masculinidade no Rap brasileiro (Dissertação de Mestrado). Universidade de Brasília, Brasília.
Santos, D. dos. (2017). Querido Baco. Raplogia. Recuperado de https://raplogia.com.br/querido-baco
Scott, J. (2017). Gênero: uma categoria útil de análise histórica. Educação & Realidade, 20(2), 71-99. Recuperado de https://seer.ufrgs.br/index.php/educacaoerealidade/article/view/71721
Shomon. N. (2016). Disscarrego. [Vídeo]. YouTube. Recuperado de https://www.youtube.com/watch?v=MfwrqP6rE8&lc=Ugg9x80fdPt3m3gCoAEC
Silva, L. (2018). “O negro nunca foi estúpido, fraco, imoral ou ladrão”: Hemetério José dos Santos, identidade negra e as questões raciais no pós-Abolição carioca (1888-1920) In M. Abreu, E. Brasil, L. Monteiro, & G. Xavier (orgs.). Cultura Negra: novos desafios para a História e os Historiadores (pp. 266-297). Niterói: EdUFF.
Sousa, R. L. D. (2006). O movimento hip-hop: a anticordialidade da república dos manos e a estética da violência. Imaginário, 12(12), 251-278. Recuperado de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-666X2006000100013&lng=pt&tlng=pt.
Teperman, R. (2015). Se liga no Som: as transformações do rap no Brasil. São Paulo: Claro Enigma.
TVCostaGold. (2016). SulTaVivo! [Vídeo]. YouTube. Recuperado de: https://www.youtube.com/watch?v=k5xLIFeGlgk&feature=emb_title
Vigoya, M. V. (2018). As cores da masculinidade: experiências interseccionais e práticas de poder na Nossa América. Rio de Janeiro: Papéis selvagens.
Wissenbach, M. C. C. (1998). Sonhos africanos, vivências ladinas: escravos e forros em São Paulo (1850-1888) Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, São Paulo.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Authors who publish in this journal agree to the following terms:
1 Authors retain copyright to work published under Creative Commons - Attribution-NonCommercial 4.0 International (CC BY-NC 4.0) which allows:
Share — copy and redistribute material in any medium or format
Adapt — remix, transform, and build upon material
In accordance with the following terms:
Attribution — You must give appropriate credit, provide a link to the license, and indicate if changes have been made. You must do so under any reasonable circumstances, but in no way that suggests that the licensor endorses you or your use.
Non-Commercial — You may not use the material for commercial purposes.
2 Authors are authorized to distribute the version of the work published in this journal, in institutional, thematic, databases and similar repository, with acknowledgment of the initial publication in this journal;
3 Works published in this journal will be indexed in databases, repositories, portals, directories and other sources in which the journal is and will be indexed.
