Estar ciente e fazer ciência: sobre encontros e transformações.
DOI:
https://doi.org/10.5380/cam.v10i1.18578Palavras-chave:
antropologia da ciência, controvérsias, trabalho de campo, primatólogosResumo
Neste trabalho, procuro refazer alguns dos caminhos que me (des)nortearam durante o meu trabalho de campo junto a primatólogos em uma faixa de Mata Atlântica preservada no interior do Estado de Minas Gerais. Aqui pretendo refletir sobre algumas possibilidades de etnografar relações sociais mediadas por humanos e não humanos, sujeitos-objetos e objetos-sujeitos, dentro de um contexto de produção científica. Exploro algumas implicações deste processo, analisando duas controvérsias de campo e finalizando com uma reflexão acerca da ênfase dada pelos primatólogos ao compromisso com os sujeitos-objetos pesquisados e seus devidos cuidados antirrepresentacionalistas.
Referências
ALTMANN, Jeanne. 1974. “Observational Study of Behavior: Sampling Methods”. Behavior 49: 227-67. https://doi.org/10.1163/156853974X00534
BATESON, Gregory. 2000. Steps to an Ecology of Mind. Chicago and London: The University of Chicago Press.
CALLIGARIS, Contardo. 2004. “Gorilas entre Nós”. In Calligaris, C. Terra de Ninguém. São Paulo: Publifolha.
DA MATTA, Roberto. 1980. Carnavais, Malandros e Heróis: Para uma Sociologia do Dilema Brasileiro. Rio de Janeiro: Zahar Editores.
FAVRET-SAADA, Jeanne. 1990. “Être affecté”. Gradhiva 8: 3-9.
GEERTZ, Clifford. 1978. A Interpretação das Culturas. Rio de Janeiro: Zahar Editores.
HARAWAY, Donna. 1989. Primate Visions. Gender, Race and Nature in the World of Modern Science. New York: Routledge.
LATOUR, Bruno. 2001. A Esperança de Pandora: Ensaios Sobre a Realidade dos Estudos Científicos. Bauru: EDUSC.
LATOUR, Bruno. & WOOLGAR, S. 1997. A Vida de Laboratório: A Produção dos Fatos Científicos. Rio de Janeiro: Relume Dumará.
LEE, Richard. 2004. “O destino das ‘duas culturas’: mais uma salva de tiros nas ‘guerras da ciência’”. In B. de Souza Santos (Org.) Conhecimento Prudente para uma Vida Decente. São Paulo: Cortez. Pp. 85-102.
ROSS, A. 1996. “Introduction. Primavera-verão” Social Text 46/47(14, 1 e 2):1-13.
SÁ, Guilherme. J. S. 2006. No Mesmo Galho: ciência, natureza e cultura nas relações entre primatólogos e primatas. Tese de Doutorado. Rio de Janeiro: Museu Nacional/UFRJ.
SAHLINS, Marshall. 2001. Como Pensam os “Nativos”: Sobre o Capitão Cook, por Exemplo. São Paulo: EdUSP.
SEGERSTRALE, Ullica. 2000a. “Science and Science Studies: Enemies or Allies?”. In U. SEGERSTRALE (Org.) Beyond the Science Wars: The Missing Discourse about Science and Society. Albany: SUNY Press.
SEGERSTRALE, Ullica. 2000b. HISToRy oF SCIENCE: STIRRED, Not Shaken. h-hexa@h-net.msu.edu.
SOKAL, Alan. & BRICMONT, Jean. 1997. Impostures Intellectuelles. Paris: Editions Odile Jacob.
STRIER, Karen. B. 1992. Faces in the Forest: The Endangered Muriqui Monkeys of Brazil. New York: Oxford University Press.
TRACHTMAN, Leon E. & PERRUCCI, Robert. 2000. Science under Siege? Interest Groups and the Science Wars. Lantham, MA: Rowman and Littlefield.
VELHO, Otávio. 2005. Trajetórias e diversidade: um caso brasileiro. Texto apresentado na VI RAM, Montevideo.
VELHO, Otávio. 2003. A “persistência” do cristianismo E A dos antropólogos. Versão revista do texto apresentado durante a V reunião de antropologia do Mercosul, Florianópolis.
VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. B. 2004. Perspectival Anthropology and the Method of Controlled Equivocation. Meeting of the Society for the Anthropology of Lowland South America (SALSA), Miami, January 17-18.
Downloads
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1 Autores mantém os direitos autorais com o trabalho publicado sob a Creative Commons - Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional (CC BY-NC 4.0) que permite:
Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato.
Adaptar — remixar, transformar, e criar a partir do material.
De acordo com os termos seguintes:
Atribuição — Você deve dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas. Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de nenhuma maneira que sugira que o licenciante apoia você ou o seu uso.
Não Comercial — Você não pode usar o material para fins comerciais.
2 Autores têm autorização para distribuição, da versão do trabalho publicada nesta revista, em repositório institucional, temático, bases de dados e similares com reconhecimento da publicação inicial nesta revista;
3 Os trabalhos publicados nesta revista serão indexados em bases de dados, repositórios, portais, diretórios e outras fontes em que a revista está e vier a estar indexada.