Cadê o Asfalto? Atos de Governo e Crônica Política

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.5380/cam.v2i0.1576

Palabras clave:

política, ritual

Resumen

A política no Recanto das Emas é vivida através de experiências concretas. Assim sendo, a partir da etnografia de um evento a assinatura do asfalto recuperamos uma associação nativa entre o governo atual e a pavimentação da cidade. Para os adeptos do atual governador, a poeira e a lama, que estigmatizam a cidade e sua população, evocam o governo passado. No presente texto procuro explorar essa vinculação entre asfalto e azuis (cor-ícone que remete à figura do atual governador) e entre poeira ou lama e vermelhos (atributo derrogatório, construído pelos azuis, para alcunhar a oposição). Um desdobramento dessa analogia, evidenciamos no caráter interminável das obras estatais (como a pavimentação, por exemplo), onde as inaugurações servem para que o governador materialize seus feitos ante seus adeptos, desfraldando a bandeira azul face a seus inimigos preferenciais.

Biografía del autor/a

Antonádia Monteiro Borges, Universidade de Brasília

doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Antropologia da Universidade de Brasília e pesquisadora do Núcleo de Antropologia da Política (NuAP).

Cómo citar

Borges, A. M. (2002). Cadê o Asfalto? Atos de Governo e Crônica Política. Campos – Revista De Antropologia, 2, 85–99. https://doi.org/10.5380/cam.v2i0.1576

Número

Sección

Artigos