Benzedeiras no mapa: cartografias de reconhecimento
DOI:
https://doi.org/10.5380/cra.v26i(1).91461Palavras-chave:
benzedeiras, cartografia social, mapeamento, reconhecimento, Estado do Paraná.Resumo
O presente artigo tem como objetivo refletir sobre as cartografias sociais das benzedeiras do centro sul do Paraná, e como tais processos instrumentalizam políticas de reconhecimento. Para isso, apresento a discussão sobre cartografias de poder e resistência, para então descrever o processo de mapeamento social das benzedeiras das cidades de Rebouças, São João do Triunfo e Irati, no interior do Estado, associado ao processo de organização dos povos e comunidades tradicionais do Brasil. Na sequência, abordo as implicações organizativas, adjacentes ao processo de mapeamento social e a conquista de leis de reconhecimento. A partir das benzedeiras do Movimento Aprendizes da Sabedoria (MASA), identifico outras iniciativas cartográficas e legislativas que ampliam ações de reconhecimento. Por fim, conclui-se que a apropriação de ferramentas de mapeamento no contexto das benzedeiras, implicaram tanto em processos de visibilidade social quanto no reconhecimento jurídico-formal.
Referências
Acselrad, H. (2008). Cartografias sociais e território. IPPUR / UFRJ.
Almeida, A. W. B. (2013) Nova cartografia social: territorialidades específicas e politização da consciência das fronteiras. In: A. W. B. Almeida., & E. F. Junior (eds). Povos e comunidades tradicionais: nova cartografia social (pp. 157-173). UEA Edições.
Almeida, D. M. (2013). A comunicação pública e o capital social do Movimento Aprendizes da Sabedoria: da (in)visbilidade ao empoderamento (Dissertação de Mestrado). Departamento de Comunicação e Design, Universidade Federal do Paraná, Curitiba.
Andrade, A. (2019). O Movimento Aprendizes de Sabedoria (MASA): tecendo territorialidades de cura na disputa por saberes comuns. (Dissertação de Mestrado). Departamento de Geografia, Universidade Federal do Paraná, Curitiba.
Andrade, A., & Gómez, J. R. M. (2019). Movimento Aprendizes de Sabedoria (MASA): cartografando processos de r-existência . Revista Campo-Território, 14(33 Ago.). https://doi.org/10.14393/RCT143306
Cardoso, T. M. (2013) Malhas cartográficas: técnicas, conhecimentos e cosmopolítica do ato de mapear territórios indígenas. ANAIS: IV Reunião de Antropologia da Ciência e da Tecnologia (IV REACT) - 24 a 26 de setembro de 2013 – São Paulo: UNICAMP.
Fraser, N. (2006). Da redistribuição ao reconhecimento? Dilemas da justiça em uma era “pós-socialista”. Cadernos de campo, n. 14/15, p. 231-239.
Gohn, M. G. (2011) Movimentos sociais na contemporaneidade. Revista Brasileira de Educação, 16(47), 333-361.
Meira, A. M. K. (2018) Mapeamentos sociais como ferramentas para discussão de políticas públicas para o reconhecimento formal das benzedeiras no Paraná. Revista Inter-Ação, 1(43), 187-201. http://dx.doi.org/10.5216/ia.v43i1.45684
Neves, R., Fialho, V., & Silva, C. P. (2019). DOSSIÊ: ETNOGRAFIA, MAPAS E O FAZER ANTROPOLÓGICO. Vivência: Revista De Antropologia, 1(52). https://doi.org/10.21680/2238-6009.2018v1n52ID17933
Lewitzki, T. (2012). Boletim Informativo I “Conhecimentos Tradicionais e Mobilizações Políticas: o direito de afirmação da identidade de benzedeiras e benzedores municípios de Rebouças e São João do Triunfo, 1(1), Editora da UEA.
Lewitzki, T. (2019) A vida das benzedeiras: caminhos e movimentos (Dissertação de Mestrado). Departamento de Antropologia, Universidade Federal do Paraná, Curitiba.
Rocha, O. G. (2015) Narrativas cartográficas contemporâneas nos enredos da colonialidade do poder (Dissertação de Mestrado). Departamento de Geografia, Universidade Federal do Paraná, Curitiba.
Shiraishi Neto, J. (2005) “Crise” nos Padrões Jurídicos Tradicionais: o direito em face dos grupos sociais portadores de identidade coletiva. ANAIS: XIV Congresso Nacional do Conselho Nacional de Pesquisa e Pós-graduação em Direito. Fortaleza.
Vianna Jr, A. (2009) O reencantamento da cartografia. Le Monde Diplomatique Brasil, Edição 23, 05 de junho de 2009.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Direitos Autorais para artigos publicados nesta revista são do autor, com direitos de primeira publicação para a revista

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1 Autores mantém os direitos autorais com o trabalho publicado sob a Creative Commons - Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional (CC BY-NC 4.0) que permite:
Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato.
Adaptar — remixar, transformar, e criar a partir do material.
De acordo com os termos seguintes:
Atribuição — Você deve dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas. Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de nenhuma maneira que sugira que o licenciante apoia você ou o seu uso.
Não Comercial — Você não pode usar o material para fins comerciais.
2 Autores têm autorização para distribuição, da versão do trabalho publicada nesta revista, em repositório institucional, temático, bases de dados e similares com reconhecimento da publicação inicial nesta revista;
3 Os trabalhos publicados nesta revista serão indexados em bases de dados, repositórios, portais, diretórios e outras fontes em que a revista está e vier a estar indexada.
