Baco Exu do Blues e as representações de homens negros sobre si
DOI:
https://doi.org/10.5380/cra.v24i2.87750Palavras-chave:
Masculinidades negras, Baco Exu do Blues, Representações, ColonialidadeResumo
Esse artigo trata de analisar as representações sobre as masculinidades negras no tempo presente a partir das rimas e falas de Baco Exu do Blues, nome artístico de Diogo Álvaro Ferreira Moncorvo. A nossa proposta é abordar as disputas e dinâmicas de (des)construção das imagens produzidas historicamente sobre os homens negros sem desconsiderar as ambiguidades e as teias de poder que podem levar sujeitos inscritos em masculinidades subalternas a reproduzirem repertórios da masculinidade hegemônica em sua afirmação de poder. O aporte oferecido pelas Ciências Sociais - especialmente os Estudos Culturais e os escritos de Stuart Hall - articulado à sensibilidade teórico política do feminismo negro e do feminismo decolonial foram de grande valia para a construção dessa análise, na qual interligamos os temas: masculinidades, mídias digitais e colonialidade.
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