Open Journal Systems

A doença comunista e a sopa de morcegos. Sobre tráfico de animais, orientalismo e pandemia

Felipe Vander Velden

Resumo


Qual foi, afinal, a origem do novo coronavirus, o SARS-CoV2, que provocou a crise sanitária pandêmica que vem transformando nosso mundo contemporâneo? De qual ou quais espécie(s) animal ou animais emergiu e em que país começou a se espalhar? Utilizando especialmente fontes da web, este artigo busca mostrar que as discussões em torno das origens do novo vírus e da doença que provoca articulam o biológico e o nacional, e o político e o viral, de formas complexas, e que estão intrinsecamente vinculadas à certas formas de relação entre humanos e animais, especialmente aquelas relacionadas ao seu consumo e ao seu tráfico em escalas internacionais.

Palavras-chave


Coronavírus; Origem; Animais; Tráfico; China

Texto completo:

PDF

Referências


Aisher, A. (2016). Scarcity, alterity and value: decline of the pangolin, the world’s most trafficked mammal. Conservation & Society, 14(4), 317-329. https://doi.org/10.4103/0972-4923.197610

Alves, R., & Rosa, I. (2010). Trade of animals used in Brazilian Traditional Medicine: trends and implications for conservation. Human Ecology, 38, 691-704. https://doi.org/10.1007/s10745-010-9352-0

Alves, R.; Rosa, I., & Silva, C. (2007). Comércio informal de animais para fins medicinais em áreas urbanas: implicações para sustentabilidade e saúde pública. Anais do ELECS – IV Encontro Nacional e II Encontro Latino-americano sobre Edificações e Comunidades Sustentáveis. Campo Grande: UFMS.

Alves, R., & Pereira Flho, G. (2007). Commercialization and use of snakes in North and Northeastern Brazil: implications for conservation and management. Biodiversity Conservation, 16, 969-985. https://doi.org/10.1007/s10531-006-9036-7

Alves, R., & Santana, G. (2008). Use and commercialization of Podocnemis expansa (Schweiger 1812) (Testudines: Podocnemididae) for medicinal purposes in two communities in North of Brazil. Journal of Ethnobiology and Ethnomedicine, 4(3), 1-6. https://doi.org/10.1186/1746-4269-4-3

Alves, R.; Oliveira, M. G.; Barboza, R., & Lopez, L. C. (2010). An ethnozoological survey of medicinal animals commercialized in the markets of Campina Grande, NE Brazil. Research in Human Ecology, 17(1), 11-17. http://www.jstor.org/stable/24707511

Alves, R.; Barboza, R., & Souto, W. (2009). Endangered Felidae used in traditional medicines. International Journal of Medical and Biological Frontiers, 15 (5/6), 1-14.

Amaral, A.; Campos, J.; Ramos, T.; Taveira, R.; Silveira Neto, O.; Gomes, R.; Pereira, K., & Oliveira, O. (2016). Avaliação de mercado de carne de animais silvestres e exóticos na Região Metropolitana de Goiânia. Revista Espacios, 37(1), artigo 17. Disponível em: https://www.revistaespacios.com/

a16v37n14/16371417.html

Andersen, K.; Rambaut, A.; Lipkin, W.; Holmes, E., & Garry, R. (2020). The proximal origin of SARS-CoV-2. Nature Medicine, 26, 450–452. https://doi.org/10.1038/s41591-020-0820-9

Bennett, E., & Robinson, J. (2000). Hunting of wildlife in tropical forests: implications for biodiversity and forest peoples. Biodiversity Series – Impact Studies, paper no. 76.

Billé, F., & Urbansky, S. (eds.) (2018). Yellow perils: China narratives in the contemporary world. Honolulu: University of Hawai’i Press.

Bonwitt, J.; Dawson, M.; Kandeh, M.; Ansumana, R.; Sahr, F.; Brown, H., & Kelly, A. (2018). Unintended consequences of the ‘bushmeat ban’ in West Africa during the 2013-2016 Ebola virus

disease epidemic. Social Science & Medicine, 200, 166-173. https://doi.org/10.1016/j.socscimed.2017.12.028

Borges, C., & Carneiro, G. (2020). Morcegos, humanos e pandemias: perpectivas de longa duração para o entendimento das relações entre sociedades e ambientes. Tessituras, 8(1), 128-156. https://doi.org/10.15210/TES.V8I1.19267

Bowen-Jones, E. (2003). Bushmeat: traditional regulation or adaptation to market forces. In: S. Oldfield (ed.). The trade in wildlife: regulation for conservation (pp. 132-145). Oxon/New York:Earthscan Publications.

Briggs, C., & Martini-Briggs, C. (2004). Stories in the time of cholera: racial profiling during a medical nightmare. Berkeley: University of California Press.

Broad, S.; Mulliken, T., & Roe, D. (2003). The nature and extent of legal and illegal trade in wildlife. In: S. Oldfield (ed.), The trade in wildlife: regulation for conservation (pp. 3-22). London: Earthscan.

Brown, H., & Nading, A. (2019). Introduction: human animal health in medical anthropology. Medical Anthropology Quarterly, 33(1), 5-23. https://doi.org/10.1111/maq.12488

Callaway, E., & Cyranoski, D. (2020). Why snakes probably aren’t spreading the new China virus. Nature, 23/01/2020. https://doi.org/0.1038/d41586-020-00180-8

Carpinetti, B., & Fa, J. (2012). El consumo de ‘carne de monte’ en la isla de Bioko: una Mirada desde la antropología ecológica. Avá, 20, 57-72. http://argos.fhycs.unam.edu.ar/handle/123456789/579

Cavignac, J.; Macêdo, M.; Silva, D., & Dantas, M. I. (2018). Comida da terra: notas sobre o sistema alimentar do Seridó. Natal: Edições Sebo Vermelho.

Chomsky, N. (2020). Internacionalimo ou extinção: reflexões sobre as grandes ameaças à existência humana, com prefácio sobre o coronavírus. São Paulo: Planeta.

Coggins, C. (2002). The tiger and the pangolin: nature, culture, and conservation in China. Honolulu: University of Hawaii Press.

Costa Neto, E., & Alves, R. (orgs.) (2010). A zooterapia: os animais na medicina popular brasileira. Recife: NUPEEA.

Dabezies, J., & Prieto, L. (2020). Entre jabalíes, murciélagos y virus: emergencia de nuevos objetos biopolíticos en la bioinseguridad del COVID-19. Tessituras, 8(1), 333-353. https://doi.org/10.15210/TES.V8I1.19800

Darnton, R. (1986). Os trabalhadores se revoltam: o grande massacre de gatos na rua Saint-Séverin. In: O grande massacre de gatos e outros episódios da hstória cultural francesa (pp. 103-139). Rio de Janeiro: Graal.

Davis, M. (2006). O monstro bate à nossa porta: a ameaça global da gripe aviária. Rio de Janeiro: Record.

Dezem, R. (2005). Matizes do “amarelo”: a gênese dos discursos sobre os orientais no Brasil (1878-1908). São Paulo: Humanitas/LEI/Fapesp.

Diamond, J. (1999). Guns, germs, and steel: the fates of human societies. New York: W.W. Norton & Company.

Donovan, D. (2004). Cultural underpinnings of the wildlife trade in southeast Asia. In: J. Knight (ed.). Wildlife in Asia: cultural perspectives (pp. 88-111). London: Routledge.

Douglas, M. (1990). The pangolin revisited: a new approach to animal symbolism. In: R. Willis (ed.). Signifying animals: human meaning in the natural world (pp. 23-33). London/New York:

Routledge.

Duffy, R. (2010). Nature crime: how we’re getting conservation wrong. New Haven: Yale University Press.

Dugnoille, J. (2018). To eat or not to eat companion dogs: symbolic value of dog meat and human-dog companionship in contemporary South Korea. Food, Culture & Society, 21(2), 214-232. https://doi.org/10.1080/15528014.2018.1429075

Elabras, R. (2003). Operações de repressão aos crimes ambientais: procedimentos e resultados. In: RENCTAS (org.). Animais silvestres: vida à venda (pp. 75-88). Brasília: Dupligráfica.

Enserink, M. (2020). Coronavirus rips through Dutch mink farms, triggering culls to prevent human infections. Science, 09/06/2020. https://doi.org/10.1126/science.abd2483

Eriksen, T. (2016). Overheating: an anthropology of accelerated change. London: Pluto Press.

Escriba de Cristo (2020). Coronavírus – conspiração chinesa. Itariri: Amazon/Bibliomundi/Clube de Autores.

Fairhead, J. (2018). Technology, inclusivity and the rogue bats and the war against the ‘Invisible Enemy’. Conservation & Society, 16(2), 170-180. https://doi.org/0.4103/cs.cs_16_162

Fitzgerald, S. (1989). International wildlife trade: whose business is it? Washington: WWF.

Garcia, U. (2018). Macacos também choram, ou esboço para um conceito ameríndio de espécie. Revista do Instituto de Estudos Brasileiros, 69, 179-204. https://doi.org/10.11606/issn.2316-901x.v0i69p179-204

Garret, L. (1995). A próxima peste: novas doenças num mundo em desequilíbrio. Rio de Janeiro: Nova Fronteira.

Gewertz, D., & Errington, F. (2010). Cheap meat: flap food nations in the Pacific islands. Berkeley: University of California Press.

Gomes, M. da C., & Costa Neto, E. (2016). Morcegos: uma abordagem biológica, mitológica e etnozoológica. Feira de Santana: UEFS Editora.

Green, A. (1999). Animal underworld: inside America’s black market for rare and exotic species. New York: Public Affairs.

Guimarães, R. (2020). Moquecar (n)a pandemia. São Paulo: N-1 Edições (disponível em https://n-1edicoes.org/071).

Ji, W.; Wang, W.; Zhao, X.; Zai, J., & Li, X. (2020). Cross‐species transmission of the newly identified coronavirus 2019‐nCoV. Journal of Medical Virology, 92(4), 433-440. https://doi.org/10.1002/jmv.25682

Keck, F. (2020). Avian reservoir: virus hunters and birdwatchers in Chinese sentinel posts. Durham: Duke University Press.

Keck, F.; Kelly, A., & Lynteris, C. (2019). Introduction: the anthropology of epidemics. In: F. Keck; A. Kelly, & C. Lynteris (eds.). The anthropology of epidemics (pp. 1-24). London/New York: Routledge.

Keck, F., & Lachenal, G. (2019). Simulations of epidemics: techniques of global health and neo-liberal government. In: F. Keck; A. Kelly, & C. Lynteris (eds.), The anthropology of epidemics (pp. 25-42). London/New York: Routledge.

Knight, J. (ed.) (2000). Natural enemies: people-wildlife conflicts in anthropological perspective. London/New York: Routledge.

Laird, T. (2018). Bats. London: Reaktion Books.

Leite, J. R. (1999). A China no Brasil: influências, marcas, ecos e sobrevivências chinesas na sociedade e nas artes brasileiras. Campinas: Editora da Unicamp.

Leirner, P. (2020). O Brasil no espectro de uma guerra híbrida: militares, operações psicológicas e política em uma perspectiva etnográfica. São Paulo: Alameda.

Lévi-Strauss, C. (1968). O triângulo culinário. In: Lévi-Strauss (pp. 24-35). São Paulo: L’Arc Documentos.

Lévi-Strauss, C. (2009). A lição de sabedoria das vacas loucas. Estudos Avançados, 23(67), 211-216. https://doi.org/10.1590/S0103-40142009000300025

Li, J.; Li, J.; Xie, X.; Cai, X.; Huang, J.; Tian, X., & Zhu, H. (2020). Game consumption and the 2019 novel coronavirus. The Lancet, 20, 275-276. https://doi.org/10.1016/S1473-3099(2)30063-3

Liddick, D. (2011). Crimes against nature: illegal industries and the global environment. Santa Barbara: Praeger.

Liu, P.; Jiang, J.; Wan, X.; Hua, Y.; Li, L.; Zhou, J.; Wang, X.; Hou, F.; Chen, J.; Zou, J., & Chen, J. (2020). Are pangolins the intermediate host of the 2019 novel coronavirus (SARS-CoV-2)? PLOS Pathogens, 16 (5), e1008421. https://doi.org/10.1371/journal.ppat.100842

Livingstone, E.; Gomez, L., & Bouhuys, J. (2018). A review of bear farming and bear trade in Lao People’s Democratic Republic. Global Ecology and Conservation, 13. https://doi.org/10.1016/j.

gecco.2018.e00380

Lowe, C. (2000). Global markets, local injustice in southeast Asian seas: the live fish trade and local fishers in the Togean Islands of Sulawesi. In: C. Zerner (ed.). People, plants, & justice: the politics of nature conservation (pp. 234-258). New York: Columbia University Press.

Lowe, C. (2006). Wild profusion: biodiversity conservation in an Indonesian archipelago. Princeton: Princeton University Press.

Lowe, C. (2010). Viral clouds: becoming H5N1 in Indonesia. Cultural Anthropology, 25(4), 625-649. https://doi.org/10.1111/j.1548-1360.2010.01072.x

Lu, R.; Zhao, X.; Li, J.; Niu, P.; Yang, B.; Wu, H.; Wang, W.; Song, H.; Huang, B.; Zhu, N.; Bi,Y.; Ma, X.; Zhan, F.; Wang, L.; Hu, T.; Zhou, H.; Hu, Z.; Zhou, W.; Zhao, L.; Chen, J.; Meng, Y.;

Wang, J.; Lin, Y.; Yuan, J.; Xie, Z.; Ma, J.; Liu, W.; Wang, D.; Xu, W.; Holmes, E.; Gao, E.; Wu, G.; Chen, W.; Shi, W., & Tan, W. (2020). Genomic characterization and epidemiology of 2019 novel coronavirus: implications for virus origins and receptor binding. The Lancet, 395, 565-574. https://doi.org/10.1016/S0140-6736(20)30251-8

Lynteris, C. (2016). The prophetic faculty of epidemic photography: Chinese wet markets and the imagination of the next pandemic. Visual Anthropology, 29(2), 118-132. https://doi.org/10.1080/08949468.2016.1131484

Lynteris, C. (ed.) (2019a). Framing animals as epidemic villains: histories of non-human disease vectors. Cham: Palgrave Macmillan.

Lynteris, C. (2019b). Tarbagan’s winter lair: framing drivers of plague persistence in Inner Asia. In: C. Lynteris (ed.). Framing animals as epidemic villains: histories of non-human disease vectors (pp. 65-90). Cham: Palgrave Macmillan.

Machado, C. S. (2013). Animais na dinâmica global da ecologia das doenças infecciosas. In: C. S. Machado (org.). Animais na sociedade brasileira: práticas, relações e interdependências (pp. 163-211). Rio de Janeiro: Editora E-papers.

McGovern, M. (2014). Bushmeat and the politics of disgust. Hot Spots, Fieldsights, October 7. https://culanth.org/fieldsights/bushmeat-and-the-politics-of-disgust

McKnight, R. (1968). Proverbs of Palau. The Journal of American Folklore, 81(319), 3-33. https://doi.org/10.2307/537435.

Mickleburgh, S.; Waylen, K., & Racey, P. (2009). Bats as bushmeat: a global review. Oryx, 43(2), 217-234. https://doi.org/10.1017/S0030605308000938

Mildenstein, T.; Tanshi, I., & Racey, P. (2016). Exploitation of bats for bushmeat and medicine. In: C. Voigt & T. Kingston (eds.). Bats in the Anthropocene: conservation of bats in a changing world (pp.325-375). Cham: Springer Open.

Mills, J., & Jackson, P. (1994). Killed for a cure: a review of the worldwide trade in tiger bone. Cambridge: Traffic International.

Montanari, M. (2008). Comida como cultura. São Paulo: Editora SENAC.

Nguyen, V-K. (2019). Of what are epidemics the symptom? Speed, interlinkage, and infrastructure in molecular anthropology. In: F. Keck, A.Kelly, & C. Lynteris (eds.). The anthropology of epidemics (pp. 154-177). London/New York: Routledge.

Pangau-Adam, M., & Noske, R. (2010). Wildlife hunting and bird trade in Northern Papua (Irian Jaya), Indonesia. In: S. Tidemann & A. Gosler (eds.). Ethnornithology: birds, indigenous peoples,

culture and society (pp. 73-85). London: Earthscan.

Pagau-Adam, M.; Noske, R., & Muehlenberg, M. (2012). Wildmeat or bushmeat? Subsistence hunting and commercial harvesting in Papua (West New Guinea), Indonesia. Human Ecology, 40,

-621. https://doi.org/10.1007/s10745-012-9492-5

Perrota, A. P. (2020). Serpentes, morcegos, pangolins e ‘mercados úmidos’ chineses: uma crítica da construção de vilões apidemiológicos no combate à Covid-19. Dilemas: Revista de Estudos de Conflito e Controle Social, Reflexões na Pandemia – 2020: 1-6. http://ppgcs.ufrrj.br/wp-content/

uploads/2020/04/PERROTA-Serpentes-morcegos-pangolinsFI.pdf

Phillips, C. (2015). The animal trade. Oxfordshire: CABI.

Pinto, M. (2017). O mercado de caça e pescado na tríplice fronteira Brasil-Colômbia-Peru. Manaus: Edua.

Porter, N. (2013). Bird flu biopower: strategies for multispecies coexistence in Viêt Nam. American Ethnologist, 40(1), 132-148. https://doi.org/10.1111/amet.12010

Porter, N. (2019). Migrant birds or migrant labour? Money, mobility, and the emergence of poultry epidemics in Vietnan. In: F. Keck, A.Kelly, & C. Lynteris (eds.). The anthropology of epidemics (pp.70-83). London/New York: Routledge.

Preston, R. (1995). Zona quente: uma história terrível e real. Rio de Janeiro: Rocco.

Purnama, S., & Indrawan, M. (2010). Entrapments of wetland birds: local customs and methods of hunting in Krangkeng, Indramayu, Central Java. In: S. Tidemann, A. Gosler (eds.). Ethnornithology: birds, indigenous peoples, culture and society (pp. 65-72). London: Earthscan.

Puyol, A.; Inchausty, V.; Ortiz, B., & Yépez, O. (2010). Género, alternativas productivas y seguridad alimentario: la disminuición de la cacería comercial en Yasuní como una oportunidad para el mejoramiento de la gobernanza territorial. London: UICN/Traffic.

Quammen, D. (2012). Spillover: animal infections and the next human pandemic. New York/London: W. W. Norton & Company.

Raffaelli, R. (2008). The witches’ charmed potion in Macbeth. Cadernos de Pesquisa Interdisciplinar em Ciências Humanas, 90, 1-17. https://doi.org/10.5007/2282

RENCTAS (Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres) (2001). 1o. Relatório Nacional sobre o Tráfico de Animais Silvestres. Brasília: RENCTAS.

Ribeiro, M. G. (2017). Imaginário da serpente de A a Z. Campina Grande: Eduepb.

Roberts, P. (2009). O fim dos alimentos. Rio de Janeiro: Elsevier.

Robinson, C., & Remis, M. (2014). Entangled realms: hunters and hunted in the Dzanga-Sangha Dense Forest Reserve (APDS), Central African Republic. Anthropological Quarterly, 87 (3), 613-

10.1353/anq.2014.0036

Rose, D. (2011). Flying fox: kin, keystone, kontaminant. Australian Humanities Review, 50, 119-136. https://doi.org/10.1353/man.2010.0013

Sabban, F. (1993). La viande en Chine: imaginaire et usages culinaires. Anthropozoologica, 18, 79-90. https://sciencepress.mnhn.fr/fr/periodiques/anthropozoologica/18/la-viande-en-chine-imaginaire-et-usages-culinaires

Said, E. (1990). Orientalismo: o oriente como invenção do ocidente. São Paulo: Companhia das Letras.

Santos, C. M.; Conceição, G. da, & Bracht, F. (2013). De tatus moqueados e porcos fumados: caça e criação de mamíferos na América portuguesa quinhentista. Revista Caminhos da História, 18(1), 143-154. https://www.periodicos.unimontes.br/index.php/caminhosdahistoria/article/view/3280.

Schneider, J. (2012). Sold into extinction: the global trade in endangered species. Santa Barbara: Praeger.

Segata, J. (2016). A doença socialista e o mosquito dos pobres. Iluminuras, 17(42), 372-389. https:// doi.org/10.22456/1984-1191.69998

Silveira, F. L. da; Silva, M., & Mercês, R. (2016). Voando baixo sobre humanos: garças e urubus na Pedra do Peixe, no Ver-o-Peso (PA). Revista Latinoamericana de Estudios Críticos Animales, 2, 299-319. https://revistaleca.org/journal/index.php/RLECA/article/view/80

Siqueira, D. (2016). ‘A gente sabe o sistema como é criado’: a carne de porco entre a casa e a agroindústria na região de Chapecó-SC. (Dissertação de Mestrado). Universidade Federal de São Carlos, São Carlos.

Sodikoff, G. (2019). The multispecies infrastructure of zoonosis. In: F. Keck; A.Kelly; C. Lynteris (eds.). The anthropology of epidemics (pp. 102-120). London/New York: Routledge.

Sordi, C., & Lewgoy, B. (2013). O que pode um príon? O caso atípico de Vaca Louca no Brasil e seus desdobramentos. Anthropológicas, 24(1), 125-143. https://periodicos.ufpe.br/revistas/revistaanthropologicas/article/view/23792

Takeuchi, M. (2008). O perigo amarelo: imagens do mito, realidade do preconceito (1920-1945). São Paulo: Humanitas.

Thys, S. (2019). Contesting the (super)natural origins of Ebola in Macenta, Guinea: biomedical and popular approaches. In: C. Lynteris (ed.). Framing animals as epidemic villains: histories of non-human disease vectors (pp. 177-210). Cham: Palgrave Macmillan.

Vander Velden, F. (2018). Joias da floresta: antropologia do tráfico de animais. São Carlos: Editora da UFSCar.

Vander Velden, F. (2021). Sobre fracasos y éxitos relativos Técnica, política y ontología en los proyectos de crianza animal en aldeas indígenas de Amazonia. RUNA - Archivos para la Ciencia del Hombre, 42(1), 391-407. https://doi.org/10.34096/runa.v42i1.8287

Wallace, R. (2020). Pandemia e agronegócio: doenças infecciosas, capitalismo e ciência. São Paulo: Elefante.

Wedekin, I. (2017). Economia da pecuária de corte: fundamentos e o ciclo de preços. São Paulo: Wedekin Consultores.

Wyatt, T. (2013). The Palgrave Macmillan wildlife trafficking: a deconstruction of the crime, the victims and the offenders. London: Palgrave Macmillan.

WWF (1995). Tráfico de animais silvestres no Brasil: um diagnóstico preliminar. Série Técnica volume I. Brasília: WWF Brasil.

Zhan, M. (2005). Civet cats, fried grasshoppers, and David Beckham’s pajamas: unruly bodies after SARS. American Anthropologist, 107(1), 31-42. https://doi.org/10.1525/aa.2005.107.1.031

Zhan, S.; Deverman, B., & Chan, Y. (2020). SARS-CoV-2 is well adapted for humans. What does this mean for re-emergence? BioRxiv, 2020.05.01.073262 https://doi.org/10.1101/2020.05.01.073262

Žižek, S. (2020). Pandemia: Covid-19 e a reinvenção do comunismo. São Paulo: Boitempo.




DOI: http://dx.doi.org/10.5380/cra.v22i1.79283

Apontamentos

  • Não há apontamentos.