Turner, Benjamin e Antropologia da Performance: O lugar olhado (e ouvido) das coisas
DOI:
https://doi.org/10.5380/cam.v7i2.7322Palavras-chave:
ntropologia da performance, antropologia da experiência, teatro, ritual, ruídoResumo
Um exercício aqui se propõe: repensar o lugar olhado das coisas na antropologia da performance. Isso, a partir de uma audição dos ruídos. O texto se desenvolve tal como um rito de passagem, em três momentos. Iniciamos com um rito de separação, saindo de um lugar (supostamente) familiar: os estudos de Victor Turner sobre ritos e dramas sociais. O movimento nos leva em direção a um lugar menos conhecido, onde nos deparamos, tal como num rito de transição, com os textos de Turner sobre a antropologia da performance e da experiência. Num terceiro momento, ao invés de fazermos um regresso, tal como num rito de reagregação, vamos às margens das margens. No límen da escritura de Turner, com as atenções voltadas aos ruídos, nos vemos em companhia (estranhamente familiar) de Walter Benjamin. Uma premissa se apresenta: os lugares onde um texto se desmancha podem ser os mais fecundos.
Referências
BARTHES, Roland. 1990. “Diderot, Brecht, Eisenstein”. In R. Barthes O Óbvio e o Obtuso: Ensaios Críticos. Rio de Janeiro: Nova Fronteira.
BENJAMIN, Walter. 1985a. “A Obra de Arte na Era de Sua Reprodutibilidade Técnica”. In W. Benjamin. Obras Escolhidas I: Magia e Técnica, Arte e Política. São Paulo: Brasiliense.
BENJAMIN, Walter. 1985b. “Sobre o Conceito de História”. In W. Benjamin. Obras Escolhidas I: Magia e Técnica, Arte e Política. São Paulo: Brasiliense.
BENJAMIN, Walter. 1995. “Sobre Alguns Temas em Baudelaire”. In W. Benjamin. Obras Escolhidas III: Charles Baudelaire. Um Lírico no Auge do Capitalismo. São Paulo: Brasiliense.
DAWSEY, John Cowart. 1999. De Que Riem os “Bóias-Frias”? Walter Benjamin e o Teatro Épico de Brecht em Carrocerias de Caminhões. Tese de livre-docência. São Paulo: PPGAS/FFLCH, Universidade de São Paulo.
DAWSEY, John Cowart.2005a. “Victor Turner e Antropologia da Experiência”. Cadernos de Campo 13:110-121. https://doi.org/10.11606/issn.2316-9133.v13i13p163-176
DAWSEY, John Cowart. 2005b. “O Teatro dos ‘Bóias-Frias’: repensando a antropologia da performance”. Revista Horizontes Antropológicos 11(24): 15-34. https://doi.org/10.1590/s0104-7183200500020000
DAWSEY, John Cowart. 2006. “O Teatro em Aparecida: a santa e a lobisomem”. Mana – Estudos de Antropologia Social 12(1): 135-150. https://doi.org/10.1590/s0104-93132006000100005
GAGNEBIN, Jeanne Marie. 1985. “Prefácio: Walter Benjamin ou a História Aberta”. In W. Benjamin. Obras Escolhidas I: Magia e Técnica, Arte e Política. São Paulo: Brasiliense.
GAGNEBIN, Jeanne Marie. 1994. História e Narração em Walter Benjamin. São Paulo: Perspectiva.
GEERTZ, Clifford. 1978. “Uma Descrição Densa: Por uma teoria interpretativa da cultura”. In C. Geertz. A Interpretação das Culturas. Rio de Janeiro: Zahar.
TAUSSIG, Michael. 1980. The Devil and Commodity Fetishism in South America. Chapel Hill: University of North Carolina Press.
TAUSSIG, Michael. 1986. Shamanism, Colonialism, and the Wild Man: a study in terror and healing. Chicago/London: The University of Chicago Press.
TAUSSIG, Michael. 1993. Mimesis and Alterity. New York/London: Routledge.
TURNER, Victor. 1982. “Introduction”. In V. Turner. From Ritual to Theatre: the human seriousness of play. New York: PAJ Publications.
TURNER, Victor. 1986. “Dewey, Dilthey, and Drama: an essay in the anthropology of experience”. In V. Turner e E. M. Bruner (orgs.). The Anthropology of Experience. Urbana e Chicago: University of Illinois Press.
TURNER, Victor. 1987a. “The Anthropology of Performance”. In V. Turner. The Anthropology of Performance. New York: PAJ Publications.
TURNER, Victor. 1987b. “Images and Reflections: Ritual, Drama, Carnival, Film and Spectacle in Cultural Performance”. In V. Turner. The Anthropology of Performance. New York: PAJ Publications.
Downloads
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1 Autores mantém os direitos autorais com o trabalho publicado sob a Creative Commons - Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional (CC BY-NC 4.0) que permite:
Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato.
Adaptar — remixar, transformar, e criar a partir do material.
De acordo com os termos seguintes:
Atribuição — Você deve dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas. Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de nenhuma maneira que sugira que o licenciante apoia você ou o seu uso.
Não Comercial — Você não pode usar o material para fins comerciais.
2 Autores têm autorização para distribuição, da versão do trabalho publicada nesta revista, em repositório institucional, temático, bases de dados e similares com reconhecimento da publicação inicial nesta revista;
3 Os trabalhos publicados nesta revista serão indexados em bases de dados, repositórios, portais, diretórios e outras fontes em que a revista está e vier a estar indexada.