Memórias de um Cabra Marcado pelo Cinema: representações de um Brasil rural
DOI:
https://doi.org/10.5380/cam.v5i2.1622Palavras-chave:
cinema, história, memória, campesinato, history, memory, peasantry.Resumo
Com base no documentário Cabra Marcado para Morrer, de Eduardo Coutinho, o artigo analisa as representações do Nordeste rural no cinema brasileiro. Através da história do surgimento das Ligas Camponesas, vemos como o filme trata, a partir da reconstituição biográfica de um líder assassinado da Liga Camponesa de Sapé, as lutas e conseqüências de um movimento camponês. Assim, sob o enfoque da fabricação de significados sociais a partir de signos artísticos, dialogamos com alicerces teóricos sobre o campesinato no Brasil como forma de discutir as representações imagéticas que criam possíveis espaços históricos.
Referências
BASTOS, Elide Rugai. 1984. As Ligas Camponesas. Rio de Janeiro: Vozes.
BERLINCK, Manuel T. 1984. O Centro Popular de Cultura da UNE. Campinas: Papirus.
BERNARDET, Jean-Claude. 2003. Cineastas e imagens do povo. São Paulo: Companhia das Letras.
BERNARDET, Jean-Claude.1967. Brasil em tempo de cinema. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.
CASTRO, Iná E. de. 1996. “Seca versus seca. Novos interesses, novos territórios, novos discursos no Nordeste”. Brasil: Questões atuais da reorganização do território. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil.
GARCIA JR., Afrânio. 1988. “Libertos e sujeitos, sobre a transição para trabalhadores livres do nordeste”. Revista Brasileira de Ciências Sociais. São Paulo, 3 (7)
HALBWACHS, Maurice. 1990. A memória coletiva. São Paulo: Vértice.
JÚNIOR, Walter Lima. 1984. “Cabra marcado para morrer: a TV como poderia ser”. Filme Cultura. Rio de Janeiro, no. 44.
GALANO, Ana Maria et al. 1984. “A cumplicidade com a vida: o real sem aspas. Entrevista com Eduardo Coutinho”. Filme Cultura. Rio de Janeiro, no. 44.
LE GOFF, Jacques. 2003. História e memória. Campinas: UNICAMP.
MARTINS, José de Sousa. 1995. Os camponeses e a política no Brasil – as lutas sociais no campo e seu lugar no processo político. Rio de Janeiro: Vozes.
MEDEIROS, Leonilde S. de. 1982. A questão da reforma agrária no Brasil – 1955-1964. Dissertação de Mestrado. São Paulo: USP.
MENEZES, Paulo. 2003. “Representificação: as relações (im)possíveis entre cinema documental e conhecimento”. Revista Brasileira de Ciências Sociais 18 (5). https://doi.org/10.1590/S0102-69092003000100007
MENEZES, Paulo. 1995. “A questão do herói-sujeito em Cabra Marcado para Morrer, filme de Eduardo Coutinho”. Tempo Social - Revista de Sociologia da USP. São Paulo n. 6. https://doi.org/10.1590/ts.v6i1/2.85114
NOVAES, Regina R. 1996. “Violência imaginada: João Pedro Teixeira, o camponês no filme de Eduardo Coutinho”. Cadernos de Antropologia e Imagem. Rio de Janeiro, nº 3.
NOVAES, Regina R . 1997. De corpo e alma: catolicismo, classes sociais e conflitos no campo. Rio de Janeiro: Graphia.
PEREIRA, Miguel; XAVIER, Ismail e BERNARDET, Jean-Claude. 1985. O desafio do cinema: a política do estado e a política dos autores. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed.
RICOEUR, Paul. 1998. Histoire et mémoire. De l’histoire au cinéma. Bruxelles: Éditions Complexe. A. de Baecque et C. Delage
(dir.) ROCHA, Glauber. 1981. Revolução do Cinema Novo. Rio de Janeiro: Alhambra/Embrafilme.
SCHWARZ, Roberto. 1978. “Cultura e Política, 1964-1969”. O pai de família e outros estudos. Rio de Janeiro: Paz e Terra
SCHWARZ, Roberto . 1989. “O fio da meada”. Que horas são? São Paulo: Cia das Letras.
STAM, Robert e JOHSON, Randal. 1995. “The cinema of hunger: Nelson Pereira dos Santos’s Vidas Secas”. Brazilian Cinema. New York: Columbia University Press.
TOLENTINO, Célia. 1997. A dialética rarefeita entre o não ser e o ser outro – um estudo sobre o rural no cinema brasileiro. Tese de Doutorado. Campinas: Unicamp.
VIANY, Alex. 1962. “Cinema Novo, ano I”. Revista Senhor. Ed. Senhor S.A. Rio de Janeiro, ano 4, nº 5.
XAVIER, Ismail. 1985. O desafio do cinema: a política do estado e a política dos autores. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed.
Downloads
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1 Autores mantém os direitos autorais com o trabalho publicado sob a Creative Commons - Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional (CC BY-NC 4.0) que permite:
Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato.
Adaptar — remixar, transformar, e criar a partir do material.
De acordo com os termos seguintes:
Atribuição — Você deve dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas. Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de nenhuma maneira que sugira que o licenciante apoia você ou o seu uso.
Não Comercial — Você não pode usar o material para fins comerciais.
2 Autores têm autorização para distribuição, da versão do trabalho publicada nesta revista, em repositório institucional, temático, bases de dados e similares com reconhecimento da publicação inicial nesta revista;
3 Os trabalhos publicados nesta revista serão indexados em bases de dados, repositórios, portais, diretórios e outras fontes em que a revista está e vier a estar indexada.