Ciência Cidadã em Bibliotecas: práticas e possibilidades
DOI:
https://doi.org/10.5380/atoz.v13i0.89422Palabras clave:
Bibliotecas, Ciência aberta, Ciência cidadã, Objetivos do Desenvolvimento SustentávelResumen
Introdução: A aplicação de tecnologias informacionais em bibliotecas pode ajudar a satisfazer não apenas as necessidades de informação dos usuários, mas também a reduzir a lacuna digital e informacional na sociedade, além de melhorar plenamente o desenvolvimento científico, tradicionalmente restrito à academia, proporcionando a participação e construção de novos conhecimentos de forma irrestrita. Nesse contexto, surge a Ciência Cidadã, cuja característica principal é propiciar a ampla participação da sociedade em geral em processos científicos. Em virtude da relevância do papel da biblioteca para a educação e a formação cidadã, vislumbra-se que ela pode desempenhar ações direcionadas para a Ciência Cidadã. Método: Para analisar esse cenário, buscou-se nas bases de dados “Web of Science” (WoS), “Base de dados de Periódicos em Ciência da Informação” (Brapci) e “Library, Information Science & Technology Abstracts” (Lista), materiais informacionais relativos ao contexto de atuação das bibliotecas em Ciência Cidadã. Resultados: No total, 29 materiais informacionais compõem o corpus da pesquisa. Para análise, estabeleceu-se uma categorização por seis eixos de assuntos que representam as possibilidades de atuação da biblioteca: – 1. Aproximação com a Ciência Aberta, 2. Desenvolvimento de habilidades em pesquisa, 3. Participação social, 4. Questões éticas em pesquisa, 5. Sustentabilidade e 6. Parcerias. Conclusão: Conclui-se que a biblioteca tem a capacidade de atuar no contexto da Ciência de múltiplas formas, inclusive com a criação de projetos. Existem barreiras que dificultam essa atuação, mas acredita-se que a expertise do bibliotecário é um fator que pode mitigar os entraves.
Citas
Albagli, S. (1996). Divulgação científica: informação científica para a cidadania? Ciência da Informação, 25(3), 396-404. doi: https://doi.org/10.18225/ci.inf.v25i3.639
Albagli, S. (2015). Ciência aberta em questão. In S. Albagli, M. L. Maciel & A. H. Abdo (Org.). Ciência aberta, questões abertas. Brasília: IBICT; Rio de Janeiro: UNIRIO.
Almeida Junior, O. F. de. (2009). Mediação da informação e múltiplas linguagens. Pesquisa Brasileira em Ciência da Informação, 2(1), 89-103. Recuperado de:
http://inseer.ibict.br/ancib/index.php/tpbci/article/viewArticle/17
Almas, B., Khazraee, E., Miller, M. T. & Westgard, J. (2018). Manuscript study in digital spaces: the state of the field and new ways forward. Digital Humanities Quarterly, 12(2), Recuperado de: http://www.digitalhumanities.org/dhq/vol/12/2/000374/000374.htm
Anglada, L.,; Abadal, E. (2018). ¿Qué es la ciencia abierta? Anuario ThinkEPI, 12, 292–298. doi: https://doi.org/10.3145/thinkepi.2018.43
Araújo, E. A. & Oliveira, M. de. (2005). A produção de conhecimentos e a origem das bibliotecas. In M. de. Oliveira (Org.). Ciência da Informação e Biblioteconomia: novos conteúdos e espaços de atuação. Belo Horizonte: UFMG.
Árpád, M. (2015). Az országos széchényi könyvtár szerepe a civic epistemologies projektben. Tudományos és Műszaki Tájékoztatás, 62(5), 181–186. Recuperado de: https://tmt.omikk.bme.hu/tmt/article/view/218/10472
Barber, S. T. (2018). The ZOONIVERSE is expanding: crowdsourced solutions to the hidden collections problem and the rise of the revolutionary cataloging interface. Journal of Library Metadata, 18(2), 85-111. doi: http://doi.org/10.1080/19386389.2018.1489449
Beales, D. L. Citizen science on social media: one medical librarian’s experience of launching and maintaining a moderated facebook citizen science discussion group (www.Facebook.com/groups/BiomeReconstitution). Journal of Hospital Librarianship, 16(1), 14-24. doi: http://doi.org/10.1080/15323269.2016.1118267
Brasil, Ministério da Saúde & Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ).Sistema de Informação em Saúde Silvestre (SISS-Geo). Sonre nós: quem somos. Recuperado de: https://sissgeo.lncc.br/apresentacao.xhtml
Bretan Junior, E. C. (2021). Educação em informação em bibliotecas multiníveis: oportunidades e desafios a partir da ótica da experimentação tecnológica. 6(2), 159- 179. Recuperado de: https://revistas.ufrj.br/index.php/rca/article/view/44040/26676
Caffrey, C., Gardner, G. J. (2017). Fast and furious (at publishers): the motivations behind crowdsourced research sharing. College & Research Libraries, 78(2), 2017, 31-149. Recuperado de: https://crl.acrl.org/index.php/crl/article/view/16578/18024
California Academy of Sciences. Inaturalist. Como funciona. Recuperado de: https://www.inaturalist.org/
Carvalho, E. R. S. de; Leite, F. C. L. (2021). Análise do atual cenário da pesquisa científica sobre a ciência cidadã no campo da ciência da informação. Páginas a&b: Arquivos E Bibliotecas, (3), 26–32. Recuperado de: https://ojs.letras.up.pt/index.php/paginasaeb/article/view/9267
Chan, L., Okune, A. & Sambulli, N. (2015). O que é ciência aberta e colaborativa, e que papéis ela poderia desempenhar no desenvolvimento? In S. Albagli, M. L.Maciel & A. H. Abdo (Org.). Ciência aberta, questões abertas. Brasília: IBICT; Rio de Janeiro: UNIRIO.
Cigarini, A., Bonhoure, I., Vicens, J. & Perelló, J. (2022). Citizen science at public libraries: data on librarians and users perceptions of participating in a citizen science project in Catalunya, Spain. Data Brief, 40, 1-14. Recuperado de: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC8717417/pdf/main.pdf
Cigarini, A., Bonhoure, I., Vicens, J. & Perelló, J. (2021). Public libraries embrace citizen science: Strengths and challenges. Library & Information Science Research, 43(2), 1- 14. doi: /10.1016/j.lisr.2021.101090
Dean, G., Read, K. B., Deardorff, A. D., Federer, L. & Rethefsen, M. L. (2021).
Health sciences librarians' engagement in open science: a scoping review. J Med Libr Assoc. 109(4), 540–560. doi: /10.5195/jmla.2021.1256
Díaz-López, L., Tarango, J. & Contreras, C.-P. (2019). Strategies for inclusive and safe education using virtual reality: from the digital library perspective. Digital Library Perspectives, 35(3/4), 216-226. doi: https://doi.org/10.1108/DLP-08-2019-0034
Duke, M. (2015). Lay Summaries for Research Articles: A Citizen Science Approach to Bridge the Gap in Access. In B. Schmidt & M. Dobreva (Ed.). New avenues for electronic publishing in the age of infinite collections and citizen science: scale, openness and trust. Amsterdam: IOS Press BV. Recuperado de: https://ebooks.iospress.nl/book/new-avenues-for- electronic-publishing-in-the-age-ofinfinite-collections-and-citizen-science-scale-openness- and-trust-proceedings-of-the-19th-international-conf
Ekstrom, B. (2023). Thousands of examining eyes: credibility, authority and validity in biodiversity citizen science data production. Aslib Journal of Information Management., 75(1), 149- 169. Recuperado de: https://www.emerald.com/insight/content/doi/10.1108/AJIM-10- 2021-0292/full/pdf
Ellis, S. (2014). A history of collaboration, a future in crowdsourcing: positive impacts of cooperation on british librarianship. Libri, 2014, 64(1), 1−10. Recuperado de: https://scholarship.claremont.edu/cgi/viewcontent.cgi? article=1041&context=library_staff
European Citizen Science Association. (2015). Ten Principles of Citizen Science. Berlin: ECSA. doi: http://doi.org/10.17605/OSF.IO/XPR2N
Federação Brasileira de Associações de Bibliotecários e Instituições (FEBAB). (2018). Bibliotecas por um mundo melhor: agenda 2030. São Paulo: FEBAB. Recuperado de: http://repositorio.febab.org.br/items/show/4563#:~:text=As%20bibliotecas%20podem %20tamb%C3%A9m%20contribuir,seus%20alinhamentos%20com%20os%20ODS
Fonseca, D. L. de S. (2019). Os princípios da ciência cidadã e a atuação do bibliotecário no processo de democratização da informação. Ci.Inf., 48(3), 430-431. Recuperado de: https://revista.ibict.br/ciinf/article/view/4887/4496
Guinchat, C.; Menou, M. J. (1994). Introdução geral às ciências e técnicas da informação e documentação. 2. ed. Brasília: IBICT.
Haklay, Muki et al. (2013). Contours of citizen science: a vignette study. R Soc Open Sci, 8. doi: ht tps://doi.org/10.1098/rsos.202108. doi: /10.1098/rsos.202108
Ignat, T. & Ayris, P. (2020). Built to last! Embedding open science principles and practice into European universities. Insights, 33(1), 1-19. doi: http://doi.org/10.1629/uksg.501
Ignat, T., Ayris, P., Labastida, I., Juan, I., Reilly, S., Dorch B., Kaarsted T. & Overgaard A. K. (2018). Merry work: libraries and citizen science, Insights, 31 (35), 1-10. doi: /10.1629/uksg.431
Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ). Projeto Mosaico de áreas protegidas: baixo Rio Negro. Recuperado de: https://www.ipe.org.br/22-projetos/baixo-rio-negro/66- projeto-mosaico-de- areas-protegidas
Kennan, M. A., Williamson, K. & Johanson, G. (2012).Wild data: collaborative e-research and university libraries. Australian Academic & Research Libraries, 43(1), 56-79. doi: https://doi.org/10.1080/00048623.2012.10700623
Kern, V. (2022). Going, public: library support for knowledge translation and mobilization for the public good. Journal of Library Administration, 62(3), 312-333. doi: https://doi.org/10.1080/01930826.2022.2043689
Lamb, A. (2016). Citizen science part 1: place-based STEM projects for school libraries. Teacher Librarian; 43(5), 564. Recuperado de: https://www.proquest.com/openview/1683f00abe82a5e4a425fd08b431a273/1?pq- origsite=gscholar&cbl=38018
Lamb, A. (2016). Citizen science part 2: adventure and authentic learning in the library. Teacher Librarian, 43(5), 56. Recuperado de: https://www.proquest.com/openview/cde4fbabfaf14ffe49cc2d682ce6e9f7/1?cbl=38018&pq- origsite=gscholar
Morriello, R. (2021). Citizen science: one of the eight pillars of open science identified by the European Union. JLIS.It, 12(3), 33–52. Recuperado de: https://www.jlis.it/index.php/jlis/article/view/373/372
Nascimento, A. B. & Nunes, M. S. C. (2021). Mediação de leitura através dos Instagrans literários. Ciência da Informação em Revista, 8(2), 121-134. Recuperado de: https://brapci.inf.br/index.php/res/v/165826#:~:text=Conclui%2Dse%20que%20os %20Instagrans,M%C3%ADdias%20sociais
Open Society Institute. (2002). Budapest Open Access Initiative. 2002. Recuperado de: https://www.budapestopenaccessinitiative.org/
Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO). (2022). Recomendação da UNESCO sobre Ciência Aberta. Brasília, DF: UNESCO Brasil. Recuperado de: https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000379949_por
Orth, A. & Schmidt, B. (2015). Open Science lernen und lehren: FOSTER Portal stellt materialien und kurse bereit. Aus der Zeitschrift Information - Wissenschaft & Praxis, 66(2-3), 121-128. doi: https://doi.org/10.1515/iwp-2015-0029
Prado, H. de A. (2000). Organização e administração de bibliotecas. 2. ed. São Paulo: T.A. Queiroz.
Rede Brasileira de Ciência Cidada (RBCC). Descubra, compartilhe, participe. Recuperado de: https://sites.usp.br/rbcienciacidada/
Red Iberoamericana de Ciencia Participativa (RICAP). La Red Iberoamericana de Ciencia Participativa (RICAP). Recuperado de: http://cienciaparticipativa.net/la-ricap/
Rocha, L. M. P. (2019). Os cientistas e a ciência cidadã: um estudo exploratório sobre a visão dos pesquisadores profissionais na experiência brasileira. Dissertação de Mestrado, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Brasil. Recuperado de: https://ridi.ibict.br/bitstream/123456789/1053/1/dissertacao-final-LuanaRocha- Ciencia %20cidada%20e%20cientistas%20profissionais.pdf
Santa Anna, J. A. (2016). Redefinição da biblioteca no século XXI: de ambientes informacionais a espaços de convivência. RDBCI: Revista Digital de Biblioteconomia e Ciência da Informação, 14(2), 232-246, 2016. doi: https://doi.org/10.20396/rdbci.v14i2.8641701
Saraiva, Paula; Pereira Neto, A. & Hartz, Z. MedTROP: diretório de medicina tropical e saúde pública internacional em acesso aberto para um desenvolvimento sustentável: bases de uma proposta. Revista Eletrônica De Comunicação, Informação & Inovação Em Saúde, 11, 1-14, 2017. doi: https://doi.org/10.29397/reciis.v11i0.1375
Silva, A. M. D. da, Borges, L. C. & Alvim, L. (2021). Dados abertos e ciência cidadã em instituições de memória. Páginas a&b, (S.3), 92-98. Recuperado de: https://ojs.letras.up.pt/index.php/paginasaeb/article/view/10153/9687
Silva, C. R. S., Nunes, J. V. & Teixeira, T. M. C. (2020). Do conceito de informação ao discurso sobre competência em informação. InCID: Revista de Ciência da Informação e Documentação, 11(2), 185-205.
Silva, F. C.C. & Silveira, L. (2019). O ecossistema da Ciência Aberta. Transinformação, 31. doi: 10.1590/2318-0889201931e190001
Silva, K. R. (2017). Biblioteca universitária a influência na construção da ciência: a ética do profissional bibliotecário. Bibl. Univ., 4(2), 18-31. Recuperado de: https://brapci.inf.br/index.php/res/download/109835
Silva, M. E. da & Saldanha, G. S. (2018). A erudição na formação biblioteconômica: olhares contemporâneos de bibliotecários atuantes na cidade do Rio de Janeiro. Revista Brasileira de Biblioteconomia e Documentação, 14. Recuperado de:
https://rbbd.febab.org.br/rbbd/article/view/1081/1083
Sonja, B., Clyburne-Sherin, A., Conzett, P., Fernandes, P., Görögh, E., Helbig, K., Kramer, B., Labastida, I. Niemeyer, K., Psomopoulos, F., Ross-Hellauer, T., Schneider, R., Tennant, J., Verbakel, E., Brinken, H. & Lambert, H. Open Science Training Handbook. (1.0) [Computer software]. doi 10.5281/zenodo.1212496
Souza, C. D. de. (2018-2019). Participação na jornada espanhola sobre a repercussão social da pesquisa científica. Revista ACB: Biblioteconomia em Santa Catarina, 24(1), 210- 216. Recuperado de: https://revista.acbsc.org.br/racb/article/view/1544/pdf
Vohland, K., Land-Zandstra, A., Ceccaron, L., Lemmens, R., Perello, J., Ponti, M., Samson; R. & Wagenknecht, K. (2021). Editorial: the science of citizen science evolves. (2021). In Vohland, K. et al. (Ed.). The Science of Citizen Science. Cham: Springer.
Wiederkehr, S. (2019). Open Data for the Crowd: an account of citizen science at ETH Library. Liber Quarterly, 29(201), 1-10. Recuperado de: https://liberquarterly.eu/article/view/10784/11668
ZOONIVERSE. About: What is the Zooniverse? Recuperado de: https://www.zooniverse.org/projects
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
La revista AtoZ es una revista científica de acceso abierto y los derechos de autor de artículos y entrevistas pertenecen a sus respectivos autores/encuestados. Los autores otorgan a la AtoZ el direito de incluir el material publicado (revisado por pares/pos-print) en em sistemas/herramientas de indización, agregadores o curadores.
Los autores tienen permiso y se les anima a depositar sus artículos en sus páginas personales, depósitos y/o portales institucionales anteriormente (pre-print) y posteriormente (post-print) a la publicación en esa Revista. Se pide, si possible, que se apunte la referencia bibliográfica del artículo (incluyendose la URL) en base a la AtoZ.
La AtoZ es sello verde por Diadorim/IBICT.
Todo el contenido de la revista (incluyendo las instrucciones, modelos y política editorial) a menos que se indique otra cosa, están bajo una Licencia de Atribución de Bienes Comunes Creativos (CC) 4.0 Internacional.
Cuando los artículos son publicados por esta revista, se pueden compartir (copiar y redistribuir el material en cualquier soporte o formato para cualquier propósito, incluso comercial) y adaptar (remezclar, transformar y crear a partir del material para cualquier propósito, incluso si es comercial). Debe dar el crédito correspondiente, proporcionar un enlace a la licencia e indicar si se realizaron cambios.
La AtoZ no cobra cualquier tasas por la sumisión y/o procesamiento y/o la publicación de artículos.
























