ÁCIDO GIBERÉLICO ISOLADO OU ASSOCIADO COM CERA NA CONSERVAÇÃO PÓS-COLHEITA DA LIMA ÁCIDA ‘TAHITI’

Autores

  • Luiz Antonio BIASI
  • Flávio ZANETTE

DOI:

https://doi.org/10.5380/rsa.v1i1.966

Palavras-chave:

Citrus latifolia, ácido giberélico, cera, clorofila, gibberelic acid, wax, chlorophyll.

Resumo

A manutenção da coloração verde da casca da lima ácida Tahiti é importante para garantir o valor comercial dos frutos, sendo possível prolongar sua vida por meio de produtos que reduzem a degradação da clorofila, como a cera e o ácido giberélico (GA3). O objetivo deste trabalho foi estudar o efeito destes produtos sobre a maturação dos frutos, visando o aumento do período de conservação pós-colheita. Este experimento foi realizado com frutos coletados de um pomar comercial em Marília, SP e instalado no dia 07/11/1998 em Curitiba, PR. Os tratamentos foram os seguintes: 1) Testemunha; 2) GA3 (100 mg.L-1); 3) GA3 (200 mg.L-1); 4) GA3 (400 mg.L-1); 5) GA3 (100 mg.L-1) + cera; 6) GA3 (200 mg.L-1) + cera; 7) GA3 (400 mg.L-1) + cera. O delineamento experimental foi o inteiramente casualizado com três repetições e 16 frutos por parcela. A aplicação do GA3 foi realizada pela imersão dos frutos nas soluções por dois minutos e a cera foi aplicada após seis horas. Os frutos de cada parcela foram acondicionados em sacos de polietileno com 16 furos e mantidos a 7°C. As avaliações foram realizadas em intervalos de 15 dias. A aplicação de GA3 e cera não influenciaram as características químicas do suco (pH, teor de sólidos solúveis e acidez). Houve redução da acidez e aumento no pH do suco durante o armazenamento, em todos os tratamentos. A aplicação de GA3 foi eficiente na manutenção da coloração verde da casca dos frutos. Todas as concentrações testadas foram superiores à testemunha e não diferiram entre si, nas avaliações realizadas aos 30 e 60 dias, quanto ao teor de clorofila total. A tendência de degradação da clorofila foi semelhante, em todos os tratamentos que apresentaram regressões quadráticas significativas. Nos primeiros 15 dias de armazenamento a degradação atingiu cerca de 50%. Aos 30 dias a degradação foi cerca de 33% menos acentuada para os tratamentos com GA3, enquanto na testemunha a perda foi de 57%. Quanto a relação entre clorofila a/b, houve tendência de aumento na relação aos 30 dias com posterior redução. Conclui-se que o GA3, em concentrações de 100 a 400 mg.L-1, é eficiente na manutenção da coloração verde da casca da lima ácida Tahiti, independente da aplicação de cera.

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Como Citar

BIASI, L. A., & ZANETTE, F. (2000). ÁCIDO GIBERÉLICO ISOLADO OU ASSOCIADO COM CERA NA CONSERVAÇÃO PÓS-COLHEITA DA LIMA ÁCIDA ‘TAHITI’. Scientia Agraria, 1(1), 39–44. https://doi.org/10.5380/rsa.v1i1.966

Edição

Seção

Artigos Científicos