FUNGOS ALERGÊNICOS E TOXIGÊNICOS NO COMPOSTO DE CULTIVO DE Agaricus brasiliensis
DOI:
https://doi.org/10.5380/rsa.v10i6.15720Palavras-chave:
Composting, Aspergillus, aspergillosis, edible and medicinal mushroom, Compostagem, aspergilose, cogumelos comestíveis e medicinaisResumo
Os cogumelos Agaricus bisporus e Agaricus brasiliensis são cultivados em substrato obtido por um processo de compostagem que envolve uma sucessão microbiana complexa e pouco conhecida. Dentre as diferentes espécies isoladas do composto de A. bisporus, foram relatadas espécies de ascomicetos esporulantes e de crescimento rápido e, em especial, Aspergillus fumigatus, indicando que espécies patogênicas ou potencialmente toxigênicas podem permanecer no composto ao final do processo de pasteurização. Entretanto, não há relatos no Brasil acerca do isolamento e identificação desses fungos a partir do composto de cultivo do cogumelo A. brasiliensis após o processo de pasteurização. Este estudo teve como objetivo avaliar, por meio da técnica de diluição seriada, a presença de fungos contaminantes em dois tipos de compostos de cultivo de Agaricus brasiliensis (1- bagaço de cana/capim Coast cross; 2- resíduo de algodão/capim Coast cross). Foram identificadas espécies pertencentes aos gêneros Aspergillus, Emericella e Penicillium. Fungos toxigênicos como Aspergillus ochraceus, Aspergillus terreus e Penicillium oxalicum foram isolados a partir das formulações de composto de cultivo do cogumelo A. brasiliensis. Aspegillus fumigatus foi encontrado nas duas formulações, porém, no composto produzido com resíduo de algodão, verificou-se produção intensa de esporos na sua superfície, inviabilizando a sua utilização, por questões de segurança. Considerando que A. fumigatus é um patógeno humano, medidas preventivas devem ser tomadas pelos trabalhadores envolvidos na produção do composto para evitar a inalação sucessiva de esporos.
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