CONTROLE DA MASTITE EM VACAS LEITEIRAS COM BACTERINA DE Staphylococcus aureus ISOLADOS DO PRÓPRIO REBANHO, APLICADA REPETIDAMENTE DURANTE A LACTAÇÃO

Autores

  • Luiz Rômulo ALBERTON

DOI:

https://doi.org/10.5380/rsa.v1i1.1003

Resumo

A eficiência de bacterina de Staphylococcus aureus no controle da mastite foi avaliada durante dezesseis semanas, em quarenta e cinco vacas da raça Jersey em lactação, em um rebanho na região metropolitana de Curitiba. A vacina foi elaborada a partir de cepas de S.aureus coagulase positiva isoladas de casos de mastite subclínica da mesma propriedade e que foram inativadas com formalina e adicionadas de hidróxido de alumínio a 2,50% como adjuvante. Os animais foram divididos em três lotes de quinze animais, sendo o controle, sem nenhum tratamento; o semanal, onde os animais receberam 3,0 ml da vacina semanalmente, por via subcutânea na região do Iinfonodo mamário; e o quinzenal, que recebeu o mesmo tratamento do grupo anterior, mas a cada quinze dias. A produção foi avaliada diariamente e amostras de leite foram colhidas de todos animais a cada semana e submetidas aos seguintes testes: California Mastitis Test (CMT); Contagem de Células Somáticas (CCS) e mensuração dos teores de sólidos totais, de lactose, de gordura e de proteína. As amostras positivas para mastite no CMT foram submetidas a exames bacteriológicos para identificação do patógeno. Finalmente, fez-se uma análise da relação custo/benefício da vacinação e de seu impacto econômico na atividade leiteira comparando-se os dados obtidos nos grupos controle e semanal, os dados obtidos sendo extrapolados para um ano. Demonstrou-se que as percentagens de amostras de leite com CCS inferior a 3 x105 cél./ml e 5 x 105 cél./ml foram maiores no grupo semanal (p≤0,05) do que nos demais grupos. Em relação ao total de casos, o número de amostras positivas ao CMT foi 60,00% menor (p≤0,05) no grupo semanal (9,16%) do que no grupo controle (22,70%). Também, as percentagens de infecções moderadas a graves ao CMI foram menores (p≤0,05) no grupo semanal (35,98%) do que nos grupos quinzenal (57,43%) e controle (63,3%). A produção foi 7,12% maior no grupo semanal e o teor em sólidos totais foi maior nos grupos semanal e quinzenal em relação ao controle. No entanto, o teor em lactose foi maior no grupo quinzenal. Já os teores de gordura e proteína não foram diferentes estatisticamente entre os grupos. Durante o experimento, em todos os grupos, os casos de mastites subclínicas foram mais frequentes do que as outras formas clínicas da doença, atingindo 81,46% do total de casos de mastites, sendo S. aureus o principal agente causador. No grupo semanal, a percentagem de mastites subclínicas causadas por S. aureus foi menor (25,00%) do que no grupo controle (32,25%) e no grupo quinzenal (43,75%). A análise econômica demonstrou que, no grupo controle, os custos anuais com descarte de leite e tratamento dos casos de mastite seriam de US$2,636.,28; enquanto no grupo vacinado semanalmente, computando-se os gastos com a vacina e os ganhos com o aumento da produção leiteira, haveria um retorno de US$841.59. Concluiu-se que a bacterina de S. aureus, tendo hidróxido de alumínio como adjuvante, quando aplicada subcutaneamente na região do linfonodo mamário, uma vez por semana durante o curso da lactação, é capaz de diminuir tanto a prevalência quanto a gravidade doscasos de mastite em vacas leiteiras, além de melhorar a qualidade do leite e diminuir substancialmente os prejuízos causados pela mastite.

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Como Citar

ALBERTON, L. R. (2000). CONTROLE DA MASTITE EM VACAS LEITEIRAS COM BACTERINA DE Staphylococcus aureus ISOLADOS DO PRÓPRIO REBANHO, APLICADA REPETIDAMENTE DURANTE A LACTAÇÃO. Scientia Agraria, 1(1), 92–92. https://doi.org/10.5380/rsa.v1i1.1003

Edição

Seção

Resumos de Dissertações e Teses da Pós-Graduação em Ciências Veterinárias da UFPR