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MÉTODO DA FOLHA DESTACADA PARA AVALIAR RESISTÊNCIA DA SOJA AO OÍDIO

Aurea Tomoko Matsumoto KAMIKOGA

Resumo


O oídio da soja causado por Microsphaera diffusa Cooke & Perk tem causado no Brasil perdas esporádicas, que foram da ordem de 40% na safra de 96/97. O perigo potencial representado por esta doença para a cultura da soja justifica estudos que permitam conhecer a epidemiologia do patógeno em nosso País. O Método da Folha Destacada Modificado (MFDM), realizado in vitro em laboratório, foi tão eficiente quanto os testes em casa de vegetação e campo, para avaliação da resistência de 10 cultivares de soja. Nestes testes as cultivares FT- 10, FT - 15, IAC - 100 e MG/BR - 46 (Conquista) foram resistentes ao patógeno, BRS 133 e FT - Jatobá, moderadamente resistentes, EMBRAPA 48, suscetível e BR - 16, FT - Estrela e Coodetec - 201, altamente suscetíveis. No MFDM os estádios foliares mais adequados para inoculação foram V1, V2 e V3 por apresentarem maior vitalidade, sobrevivência e enraizamento. As concentrações de inóculo de 1.5 x 107 e 1.5 x 108 foram as mais eficientes e como método de inoculação o da pulverização foi superior ao da pipetagem e polvilhamento. De um total de 52 espécies de plantas invasoras inoculadas em casa de vegetação com o patógeno, 3 novos hospedeiros foram observados: Galinsoga parviflora, Physalis angulata e Sonchus oleraceus, além da confirmação de outros, já relatados, em outros países e no Brasil. A freqüência de plantas invasoras nos campos de soja, além de representarem uma fonte de inóculo na safra, poderão estar sendo responsáveis pela manutenção do patógeno na entressafra. No decorrer dos experimentos não foi observada a presença da fase sexual do fungo, tanto em condições de laboratório, quando foram manipuladas as condições ambientais, quanto nos levantamentos realizados em plantios comerciais nos Estados do Paraná e Goiás.


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DOI: http://dx.doi.org/10.5380/rsa.v3i1.1050