Podridões radiculares e tuberização na cultura da mandioca em resposta à inoculação das manivas-semente com Trichoderma asperellum

Abstract

Uma grande área de cultivo de mandioca (Manihot esculenta Crantz), no Rio Grande do Sul, ocorre em solos argilosos e úmidos ocasionando elevadas perdas por podridões radiculares. O objetivo deste trabalho foi de avaliar a eficácia da inoculação das manivas-semente, da cultivar ‘Polpa Amarela’, com Trichoderma asperellum, no controle de podridões radiculares, no processo de tuberização e no tempo de cozimento das raízes. O experimento foi conduzido em vasos enterrados, com volume de 20 L de solo, sendo as manivas inoculadas na concentração de 1 x 107 esporos mL-1 e acondicionadas, verticalmente, uma unidade em cada vaso. Até o quinto mês após o plantio (MAP) foram realizadas análises mensais, sendo a avaliação final conduzida aos oito MAP. No segundo MAP somente raízes fibrosas foram observadas em plantas de ambos os tratamentos. Entretanto, no terceiro MAP, o teste do iodo-amido evidenciou tuberização em raízes com 5 mm de diâmetro, em plantas de ambos os tratamentos. Na avaliação final, aos oito MAP, não houve diferença no rendimento e na ocorrência de podridões radiculares. A inoculação, também, não afetou o grau de aderência da casca e o tempo de cozimento que foi de 19 e 21 min para raízes de plantas inoculadas e controle, respectivamente. Pode-se concluir, portanto, que o processo de tuberização, da cultivar de mandioca ‘Polpa Amarela’, tornou-se perceptível aos três MAP e que a inoculação com Trichoderma asperellum não teve influência na ocorrência de podridões e no rendimento de raízes tuberosas.
Palavras-chave: Controle biológico, doenças radiculares, Manihot esculenta, raiz tuberosa, tempo de cozimento.