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Revisão dos registros da andorinha-do-rio Tachycineta albiventer (Aves: Hirundinidae) para a Região Metropolitana de São Paulo, sudeste do Brasil

Fabio Schunck, Fábio Toledo das Dores, Romeu Gama, Marco Aurélio Galvão da Silva, Patrick Inácio Pina

Resumo


A família Hirundinidae apresenta uma ampla distribuição ao redor do mundo, com táxons exclusivos de algumas regiões, como a andorinha-do-rio (Tachycineta alviventer), endêmica da América do Sul e Caribe. Essa espécie ocorre em todo o Brasil, incluindo o estado de São Paulo, mas sua presença na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), onde se encontra a maior área urbana da América do Sul, ainda não foi detectada. Com base neste cenário, apresentamos uma revisão dos registros históricos e a primeira detecção de campo documentada dessa espécie para a RMSP. Foram consultados dados da literatura, museus de história natural e plataformas ornitológicas online, sendo possível obter apenas seis registros históricos, produzidos entre 1999 e 2015. O registro documentado de campo foi feito em junho de 2021, no Parque Ecológico do Tietê, na área urbana da cidade de São Paulo. O baixo número de registros de T. albiventer para a RMSP (7) mostram se tratar de uma espécie incomum, que vem utilizando reservatórios hídricos artificiais ocasionalmente nos últimos 22 anos. Essa presença ocasional pode estar relacionada a ausência de rios de médio e grande porte na RMSP e no seu entorno direto, sendo um comportamento diferente de outras espécies de andorinhas que ocupam o mesmo tipo de habitat. Essa questão merece uma investigação mais ampla e os ambientes úmidos da Região Metropolitana de São Paulo precisam de uma proteção legal emergencial, pois apresentam uma alta riqueza de espécies de aves.


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DOI: http://dx.doi.org/10.5380/abp.v50i1-4.82452