Quando o jornalismo legitima uma identidade como hegemônica: Silenciamentos, Oktoberfest e imprensa em Blumenau

Autores

  • Jorge Kanehide Ijuim Programa de Pós-graduação em Jornalismo da Universidade Federal de Santa Catarina
  • Magali Moser Doutoranda no Programa de Pós-graduação em Jornalismo da UFSC.

DOI:

https://doi.org/10.5380/2238-0701.2021n22.04

Palavras-chave:

Jornalismo e Sociedade, Identidade Cultural, Germanidade, Oktoberfest e Blumenau.

Resumo

Este artigo busca compreender o papel do jornalismo na construção identitária que faz o município catarinense de Blumenau ser reconhecido pelo rótulo de “Alemanha Brasileira”, com base na Oktoberfest. A imagem dominante disseminada pelos meios de comunicação alcança uma visão homogênea sobre o chamado “Vale Europeu”, promovendo a ideia de um “Sul do Brasil” distinto de outras regiões do país, pois europeizado. Entretanto, as produções discursivas sobre a região, assim como sua identidade, apresentam-se em disputa. Vozes dissonantes questionam a narrativa predominante e evidenciam a existência de uma contraditória narrativa hegemônica sobre a identidade de Blumenau. Neste confronto simbólico, o objetivo da pesquisa foi avaliar o comportamento da imprensa e entender os porquês de tal posição, sendo o Jornal de Santa Catarina (JSC) o objeto empírico da análise, escolhido como narrador principal. Um estudo exploratório, baseado na análise de conteúdo, definiu como corpus do trabalho 30 reportagens publicadas num intervalo de 31 anos da festa, de 1984 a 2015. Além disso, incluiu ainda a produção de 23 entrevistas a partir de vozes amplificadoras da germanidade e questionadoras do imaginário hegemônico. Os procedimentos metodológicos se ampararam na análise crítica da narrativa (MOTTA, 2013) e em entrevistas em profundidade (DUARTE, 2006).

Biografia do Autor

Jorge Kanehide Ijuim, Programa de Pós-graduação em Jornalismo da Universidade Federal de Santa Catarina

Doutor em Ciências da Comunicação/Jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da USP, pós-doutor pela Universidade de Coimbra (Portugal); professor de graduação e pós-graduação na Universidade Federal de Santa Catarina.

Magali Moser, Doutoranda no Programa de Pós-graduação em Jornalismo da UFSC.

Jornalista; mestra em Jornalismo pela UFSC;  doutoranda no Programa de Pós-graduação em Jornalismo da UFSC.

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Publicado

2021-07-02

Como Citar

Ijuim, J. K., & Moser, M. (2021). Quando o jornalismo legitima uma identidade como hegemônica: Silenciamentos, Oktoberfest e imprensa em Blumenau. Ação Midiática – Estudos Em Comunicação, Sociedade E Cultura, 22(1), 64–84. https://doi.org/10.5380/2238-0701.2021n22.04

Edição

Seção

Artigos | Articles