Numa encruzilhada, dois campos: a lágrima como meio nas experiências do sagrado e de luta política contracolonial do Rosário negro e do Ñembo’e Kaiowá
Resumo
Como formas de vida, experienciadas na fronteira com o regime de visibilidade Ocidental-moderno e violentamente exterminadas por ele, realizam mediações comunicacionais afins às suas cosmologias como forma de afirmação política? Uma semente – conta de lágrima ou mboy em língua guarani –, usada nos rosários trançados sobre os corpos negros nos Reinados (expressão religiosa de matriz africana) e nos jeasaha sobre os corpos dos rezadores Kaiowá (em experiências xamânicas desse povo indígena), é meio de comunicação com antepassados, entidades sagradas e elementos que nos-sa filosofia chama de naturais. O artigo tem por objetivo presentificar, via experiências etnográficas, processos de comunicação multidimensionais e o sentido de meio em agenciamentos contracoloniais que fazem pensar sobre o tempo, o território e o relacional no campo da Comunicação.
Palavras-chave
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PDFDOI: http://dx.doi.org/10.5380/2238-0701.2019n18.08