O Civic Journalism / Public Journalism examinado por um de seus criadores
DOI:
https://doi.org/10.5380/2238-0701.2019n17p121-133Resumo
Davis Merritt é uma lenda no Jornalismo internacional. Lenda no melhor sentido que a palavra pode ter. Autor de quatro livros (o mais recente em 2015, chamado On life, liberty and the pursuit of perfect), esteve no topo do Jornalismo americano por mais de quatro décadas, atuando especialmente para a cadeia Knight Newspapers. Atuou como professor na University of Kansas e na Wichita State University. E, entre 1975 e 1997, atuou na liderança do Wichita Eagle, um diário no qual faria história, ao lançar as bases do que hoje se conhece como Civic Journalism (CJ), uma proposta fundada na visão de que, mais do que simplesmente denunciar problemas da vida em sociedade, o jornalista deve pensar em soluções e, especialmente, estimular a participação do cidadão na vida coletiva.
Na entrevista a seguir, Merritt compartilha informações preciosas sobre esse movimento que surgiu no final da década de 1980, ganhou corpo nos anos 1990 e começou a definhar a partir de 2000. No auge, o Civic Journalism era notícia e produzia notícias nos EUA, Colômbia, Bolívia, Argentina, Brasil, Portugal, Espanha e em muitos outros países. Agora, mais de 30 anos depois de suas primeiras inquietações sobre os rumos de então do Jornalismo, Merritt rememora os tempos inaugurais (inclusive destacando o papel de Jay Rosen, considerado o outro criador do Civic Journalism), esclarece a questão Civic Journalism / Public Journalism (que, aliás, ele prefere, como se percebe em todas as suas respostas) e pensa sobre o tempo presente.
Sobre este quesito Civic Journalism / Public Journalism, cabe destacar o que segue: todos as perguntas feitas a Merritt fazem menção ao Civic Journalism, já que esta é a denominação mais conhecida no Brasil e em outras nações. Merritt, como ponderado antes, prefere Public Journalism (PJ). Por uma questão de respeito à opinião do entrevistado, mantivemos PJ em suas respostas. Essa dualidade, inclusive, é parte da riqueza dessa conversa sobre uma das mais inovadoras formas de se pensar e fazer Jornalismo nos últimos 50 anos.
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