Open Journal Systems

Ana Cristina César: entre escritas de si e Poesia Marginal

Emilly Fidelix Fidelix da Silva

Resumo


Ana Cristina César, a escritora que fez parte de um grupo caracterizado como “geração mimeógrafo” nos anos 1970-1980, foi marcada pelo gosto pela escrita desde a infância, quando aos quatro anos começa a ditar suas poesias para a mãe. Mais tarde, formaria técnica e personalidade próprias aos seus escritos, desenvolvendo um estilo marcado pelo uso da linguagem coloquial, centrando-se em aspectos individuais e cotidianos. Entre escritas de si, num exercício de autorreflexão e registro sobre a própria vida e a poesia marginal, marcadas por publicações mimeografadas, basicamente artesanais e pagas pelos próprios autores, Ana, assim como outros poetas marginais, escapava à padronização imposta pelo mercado de produção cultural. Sua atividade transgressora, os envolvia em todas as fases por que passavam seus livros: da edição à venda. Assim, Ana C. constitui-se pouco a pouco como escritora do cotidiano, das impressões urbanas, desenvolvendo uma técnica de recorte e colagem, que se forma através de fragmentos, formando uma escrita por vezes desconexa, ainda que com forte caráter confessional e reflexivo sobre o próprio fazer literário. 


Palavras-chave


Ana Cristina César, Literatura marginal, Escritas de si

Texto completo:

PDF


DOI: http://dx.doi.org/10.5380/rv.v0i41.53520

Apontamentos

  • Não há apontamentos.