A última voz humana viva: uma leitura de Svetlana Aleksiévitch em um tempo de catástrofes
DOI:
https://doi.org/10.5380/rv.v0i40.49683Palavras-chave:
Antropoceno, Temporalidade, Teoria da História, Literatura ContemporâneaResumo
Propõe-se aqui uma análise do livro Vozes de Tchernóbil, de Svetlana Aleksiévitch, contra o pano de fundo da bibliografia recente sobre temporalidade histórica e a respeito da atual mudança climática. Procura-se abordar o acidente nuclear da usina soviética como exemplo do que a autora afirma ser uma “história de catástrofes”. Pensada com relação à ação humana, essa história de catástrofes se situa sobre a dissolução das fronteiras entre natureza e cultura e no interior de uma profunda alteração na escala do agir humano, que agora alcança escala planetária. Por isso, utiliza-se o desastre nuclear de Tchernóbil como forma de refletir a respeito do papel da história no chamado Antropoceno, período geológico caracterizado pela capacidade da agência humana de interferir nos ciclos naturais. Por fim, reflete-se acerca do tema do “fim do mundo” a partir da simultaneidade entre o desastre de Tchernóbil e o colapso da União Soviética.
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