Leis causais empíricas na Segunda Analogia e a suposta dependência de uma "harmonia pré-estabelecida"
DOI:
https://doi.org/10.5380/sk.v13i19.89086Palavras-chave:
Kant, idealismo transcendental, Segunda Analogia da Experiência, causalidade, leis causais empíricasResumo
De acordo com o que podemos chamar de interpretação "forte" da Segunda Analogia da Experiência, o argumento de Kant estabelece a existência de leis causais empíricas que dizem respeito a totalidades de objetos e eventos que instanciam determinados tipos. Por outro lado, segundo os proponentes de uma interpretação "fraca" da Segunda Analogia, o esquema de causalidade seria aplicado apenas a objetos e eventos singulares. Este artigo irá propor uma interpretação que estará, em muitos aspectos, próxima de uma interpretação "fraca", pois defenderemos que a Segunda Analogia não pode eliminar a possibilidade de que existam apenas o que Henry Allison denominou "leis instantâneas". Nossa interpretação será apresentada como uma resposta aos argumentos de Paul Guyer e Kenneth Westphal, segundo os quais as teses centrais da Analítica Transcendental pressupõeem uma "harmonia pré-estabelecida" entre nossas formas de síntese e os conteúdos empíricos da experiência.
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