Kant sobre o fim das religiões históricas
DOI:
https://doi.org/10.5380/sk.v9i11.88780Abstract
Segundo Kant, a "religião racional" (Vernunftreligion) é muito exigente em sentido moral, i.e., ela é uma religião moral que exige não menos do que o cumprimento de todos os "deveres para com os homens (eles próprios e outros)", o qual também já e exigido somente pela razão prática pura. O que faz dela, além da mera moral, uma religião é a idéia acrescentada - da qual, no entanto, não depende nem a validade nem o exercício da moral - que, justamente por isso", a saber, pelo cumprimento dos deveres para com os homens, são executados "também mandamentos divinos". De forma bem diferente apresentam-se as religiões históricas, que não se mostram convictas da idéia racional"de que o zelo constante voltado a uma conduta moralmente boa seja tudo o que Deus dos homens exige". Elas exigem justamente aquilo que, segundo a idéia racional, é impossível, a saber, servir a Deus ainda de outra forma, diferente da puramente moral, i.e., de uma forma extra-moral, especificamente religiosa. - O trabalho pretende comentar esta oposição fundamental entra a concepção kantiana de uma "fé moral" e a "dogmática-estatutária" das religiões históricas e analisar criticamente a proposta de Kant a respeito das chances - e da necessidade - da superação da última pela primeira.
Downloads
How to Cite
Issue
Section
License
Copyright (c) 1969 Bernd Dörflinger

This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Authors retain copyright of their works and grant Studia Kantiana the right of first publication.
Authors grant the publishers the right to link their articles in future databases.
Studia Kantiana uses the Creative Commons 4.0 (CC BY 4.0).
