Conceito de experiência interna entre a primeira e a segunda edição da Crítica da razão pura
DOI:
https://doi.org/10.5380/sk.v23i1.95734Palavras-chave:
experiência interna, auto-afecção, refutação do idealismo, experiência externa, solipsismo.Resumo
A Refutação do idealismo não consiste apenas de um novo método para apresentar os argumentos do “Quarto paralogismo” da Crítica da razão pura de 1781 e, assim, refutar o idealismo cético ou problemático de uma maneira mais clara ou convincente, mas de uma nova Refutação do idealismo (KrV, B XXXIXn). Nesse sentido, é possível dizer que essa nova refutação introduz alguns elementos que alteram a compreensão do que se constituía por experiência interna na primeira edição da Crítica. Isso posto, o presente trabalho tem por objetivo discutir a alteração que o conceito de experiência interna sofreu entre a primeira (1781) e a segunda (1787) edição da Crítica, tendo como parâmetro o arcabouço argumentativo defendido na “Refutação do idealismo”. Assim sendo, defende-se que Kant altera o conceito de experiência interna para ajustá-lo à nova Refutação do idealismo e, assim, responder às acusações de idealista solipsista.
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