O estético enquanto questão de origem e questão de referência
DOI:
https://doi.org/10.5380/sk.v21i3.95489Palavras-chave:
Estético, lógico, prazer, espontaneidade, subjetividade.Resumo
O conceito de estético possui papeis importantes em cada uma das três Críticas de Kant, entretanto, em tais papeis é necessário reconhecer as equivocidades que rondam tal conceito. Nossa proposta é reconhecer em especial a equivocidade presente na Crítica da Faculdade de julgar, momento em que o estético é pensado mais como uma questão de referência da representação do que como uma questão de origem. Pensando a natureza estética e lógica de uma representação como questão de origem, como em KrV, cada representação pode ser qualificada ou de lógica ou de estética, por outro lado, posta como questão de referência, essa disjunção exclusiva poderá, a depender do caso, transformar-se em disjunção inclusiva. Explorando o alcance e os possíveis motivos dessa mudança, espera-se compreender melhor a natureza transcendental de uma representação necessariamente estética, a saber, o prazer no juízo de gosto puro.
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