Re-pôr-do-sol: acerca da urgência da beleza
DOI:
https://doi.org/10.5380/sk.v17i2.89929Palavras-chave:
Kant, estética, gosto, beleza, arte, contemplação, desinteresse, prazerResumo
O objectivo último do nosso artigo é fazer emergir os méritos, a pertinência e até a urgência da teoria estética proposta por Kant, da sua beleza, para a nossa arte e para o nosso tempo. Para tal, depois de apresentarmos o juízo de gosto kantiano como estreitamente ligado ao prazer, ao desinteresse e à contemplação e de descrevermos a atitude de hostilidade da parte da posteridade de Kant para com uma beleza entendida como contemplação desinteressada e prazenteira, explicitaremos a relação íntima entre a caracterização do juízo de gosto como juízo estético universalmente válido a priori e o inteiro projecto kantiano e, finalmente, mergulharemos no sentido mais profundo do prazer desinteressado e contemplativo inerente à experiência estética da beleza.
Referências
ADORNO, T. W., “Kulturkritik und Gesellschaft” [1951] In: Gesammelte Schriften, Band 10.1, Frankfurt am Main: Suhrkamp, 1977.
ALLISON, H. E. Kant’s Theory of Taste, Cambridge: Cambridge University Press, 2001.
BAUMGARTEN, A. G. “Aesthetica” [1750] In: Theoretische Ästhetik: die grundlegenden Abschnitte aus der “Aesthetica”. Trad. Hans Rudolf Schweizer. Hamburg: Felix Meiner Verlag, 1988.
BURKE, E. A Philosophical Enquiry into the Origin of our Ideas of the Sublime and Beautiful [1757], Oxford: Oxford University Press, 2008.
CRAWFORD, D. W. Kant’s Aesthetic Theory. Wisconsin: The University of Wisconsin Press, 1974.
DANTO, A. C. “Kalliphobia in Contemporary Art” In: Art Journal, vol. 63, n. 2, 2004, pp. 24-35.
DELEUZE, G. A Filosofia Crítica de Kant. Trad. Germiniano Franco. Lisboa: Edições 70, 2000.
DUQUE, F. “El Sentimiento como Fondo de la Vida y del Arte” In: ARAMAYO, R. R.; VILAR, G. (eds.). En la cumbre del criticismo – Simposio sobre la Crítica del Juicio de Kant, Barcelona: Anthropos, 1992, pp. 78-106.
GOTSHALK, D. W. “Form and Expression in Kant’s Aesthetics” In: British Journal of Aesthetics, vol. 7, n. 3, 1967, pp. 250-260.
GUYER, P. Kant and the Claims of Taste. Cambridge: Cambridge University Press, 1997.
KANT, I. Kants gesammelte Schriften. Herausgegeben von der Königlich Preußischen Akademie der Wissenschaften. Berlin: Walter de Gruyter, 1902-1983.
KANT, I. Crítica da Faculdade do Juízo, trad. António Marques e Valério Rohden, Lisboa, Imprensa Nacional – Casa da Moeda, 1998.
KANT, I. Crítica da Faculdade de Julgar, trad. Fernando Costa Mattos, Petrópolis, Editora Vozes, 2016.
KANT, I. Crítica da Razão Pura, trad. Manuela Pinto dos Santos e Alexandre Fradique Morujão, Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian, 2001.
MARQUES, A. “Prefácio – A Terceira Crítica como Culminação da Filosofia Transcendental Kantiana”, In: KANT, I. Crítica da Faculdade do Juízo, Lisboa: Imprensa Nacional – Casa da Moeda, 1998, pp. 7-38
NEHAMAS, A. “The Return of the Beautiful: Morality, Pleasure, and the Value of Uncertainty” In: The Journal of Aesthetics and Art Criticism, vol. 58, n. 4, 2000, pp. 393-403.
NEWMAN, B., “The Sublime is Now” In: Selected Writings and Interviews. New York: Knopf, 1990, p. 172.
SCARRY, E. On Beauty and Being Just. Princeton: Princeton University Press, 1999.
SCHAPER, E. “Taste, sublimity, and genius: The aesthetics of nature and art” [1992] In: GUYER, P. (ed.). The Cambridge Companion to Kant. New York: Cambridge University Press, 2007, pp. 367-393.
SONTAG, S. “An Argument about Beauty” In: Daedalus, vol. 134, n. 4, 2005, pp. 208-213.
STEINER, W. Venus in Exile: The Rejection of Beauty in Twentieth Century Art. Chicago: The University of Chicago Press, 2001.
TUNHAS, P. “La Beauté”. MIGUENS, S.; PINTO, J. A.; TELES, M (eds.). Aspectos do Juízo. Porto: Universidade do Porto, 2011, pp. 69-106.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 João Lemos

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores mantém os direitos de republicação, sob condição de indicação de primeira publicação na Studia Kantiana.
Autores cedem o direito aos editores de vincular seus artigos em futuras bases de dados.
Todo o conteúdo desta revista está licenciado sob a Licença Internacional Creative Commons 4.0 (CC BY 4.0)