O que exatamente o "eu penso" tem que poder acompanhar? Revisitando a dedução transcendental das categorias

Autores

  • Pedro Costa Rego Universidade Federal do Rio de Janeiro (Rio de Janeiro, Brasil)

DOI:

https://doi.org/10.5380/sk.v16i3.89810

Palavras-chave:

Dedução transcendental, entendimento, sensibilidade, representação, intuição

Resumo

Partindo de uma análise gramatical da conhecida primeira frase do §16 da Crítica da Razão Pura, proponho uma discussão sobre o sentido em que se deve compreender o objetivo do projeto da dedução transcendental das categorias avaliando e contrapondo duas teses interpretativas sobre no que consiste uma prova da validade objetiva das categorias. Em última instância, trata-se de investigar em que medida a prova dessa validade objetiva atenta contra o pilar crítico-idealista da irredutibilidade e independência dos poderes cognitivos receptivo e ativo, e em que medida a salvaguarda desse princípio de independência condena por antecipação ao fracasso o projeto de provar uma conexão necessária e a priori entre receptividade e espontaneidade.

Biografia do Autor

Pedro Costa Rego, Universidade Federal do Rio de Janeiro (Rio de Janeiro, Brasil)

Professor Associado do Departamento do Filosofia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), membro do Programa de Pós-Graduação Lógica e Metafísica (PPGLM/UFRJ), pesquisador bolsista do CNPq

Referências

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Publicado

2023-06-08

Como Citar

Costa Rego, P. (2023). O que exatamente o "eu penso" tem que poder acompanhar? Revisitando a dedução transcendental das categorias. Studia Kantiana, 16(3), 7–26. https://doi.org/10.5380/sk.v16i3.89810

Edição

Seção

Artigos