Das leis naturais ao entusiasmo pela República
DOI:
https://doi.org/10.5380/sk.v15i1.89202Palavras-chave:
Kant, História, Progresso, Finalidade, EntusiasmoResumo
Resumo: Este artigo considera que no conjunto das obras em que Kant construiu seu ponto de vista sobre a filosofia da história, apesar de sua forma fragmentária, pode-se apontar o equivalente ao que seria sua quarta crítica dedicada a investigação de um a priori histórico. Vemos nesta construção uma sequência de concepções teóricas conduzidas por um deslocamento de foco, inicialmente posto em um Deus criador de leis mecânicas naturais, em seguida nas intenções da natureza que oferece um plano civilizatório aos homens e, finalmente no próprio homem e sua sensificação em relação ao seu imperativo histórico racional. Deslocamento que redefiniu a inexorabilidade inicial em relação a finalidade e ao destino da humanidade, contingenciada nos textos tardios. Trata-se do ápice em que o homem, autoprodutor de sua história, a partir de si e em consideração de si mesmo promove seu aprimoramento e faz uso da natureza servindo assim a si mesmo enquanto fim.
Abstract: This article assumes that in all the works in which Kant built his view of the philosophy of history, despite its fragmentary form, it can be pointed out the equivalent of what would be his fourth criticism to the research of a historical a priori. We see in this construction a series of theoretical concepts driven by a focus dislocation, initially put in a God creator of natural mechanical laws, then in the intentions of nature that offers a civilizing plan to men and finally the man himself and his sensification over his imperative rational history. Such dislocation redefined the initial inexorability regarding the purpose and destination of mankind, contingent in the later texts. This is the culmination in which the man, self-producer of his history, from himself and in consideration of himself promotes his improvement and makes use of nature, thus serving himself as purpose.
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