A política como realização do projeto da razão prática
DOI:
https://doi.org/10.5380/sk.v12i16.88892Resumo
Este artigo concerne três questões: a concepção kantiana da política, a sua relação com a doutrina do direito e o papel da Urteilskraft na esfera da política. No § 1 sublinha-se que a perspectiva kantiana é caracterizada por uma flexibilidade contextual que permite de realizar o modelo normativo da Rechtslehre em diversas circunstãncias culturais: a política diz respeito, de fato, o como "traduzir" as prescrições do direito em princípios contextuais que se adaptem corretamente a uma determinada comunidade humana. No § 2 analisa- se o papel da capacidade de juízo enquanto instrumento capaz de compreender as especificidades do contexto no qual se realizam as reformas políticas solicitadas pela razão pratica; a propósito será evidenciado que através da reflektierende Urteilskraft é possível construir regras (ou seja novas leis) que refletem as peculiaridades do contexto ao qual são aplicadas as normas a priori do direito.
Referências
KANT, I. A paz perpétua. trad. por A. Morão. In: A paz perpétua e outros opúsculos. Lisboa: Edições 70, 2009.
_____. A metafísica dos costumes. trad. por J. Lamego. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2011.
_____. Crítica da faculdade do juízo. trad. por V. Rohden e A. Marques. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2010.
_____. Ideia de uma história universal com um propósito cosmopolita. trad. por A. Morão. In: A paz perpétua e outros opúsculos. Lisboa: Edições 70, 2009.
_____. Sobre a pedagogia. trad. por F. Cock Fontanella. Piracicaba: Unimep, 1996.
Literatura secundária
ARENDT, H. “Freedom and politics”. In: A. Hunold (ed.), Freedom and serfdom: an anthology of Western thought. Dordrecht: Reidel, 1961.
_____. Lectures on Kant’s political philosophy. Chicago: University of Chicago Press, 1982.
ELLIS E. Kant’s politics: provisional theory for an uncertain world. New Haven: Yale University Press, 2005.
FLIKSCHUH K. Kant and modern political philosophy. Cambridge: Cambridge University Press, 2000.
GERHARDT V. Immanuel Kants Entwurf “Zum ewigen Frieden”. Eine Theorie der Politik. Darmstadt: Wissenschaftliche Buchgesellschaft, 1995.
_____. “Ausübende Rechtslehre. Kants Begriff der Politik”. In: G.Schönrich; Y. Kato (Hrsg.), Kant in der Diskussion der Moderne. Frankfurt a.M.: Suhrkamp, 1996.
_____. Der Thronverzicht der Philosophie. Über das modern Verhältnis zwischen Philosophie und Politik bei Kant. In: O. Höffe (Hrsg.), Immanuel Kant. Zum ewigen Frieden. Berlin: Akademie Verlag, 2004.
KNIPPENBERG, J. M. “The politics of Kant’s philosophy”. In: R. Beiner; W. J. Booth (eds.), Kant and political philosophy: the contemporary legacy. New Haven: Yale University Press, 1993.
PINZANI, A. “Representation in Kant’s political theory”, Jahrbuch für Recht und Ethik, 16 (2008): 203-226.
KERSTING, W. Wohlgeordnete Freiheit. Immanuel Kants Rechts- und Staatsphilosophie. Berlin: Walter de Gruyter, 1984.
PLEINES, J. E. Praxis und Vernunft. Zum Begriff praktischer Urteilskraft. Würzburg: Königshausen und Neumann, 1983.
POGGE, T. “Is Kant’s Rechtslehre a ‘comprehensive liberalism’?” In: M. Timmons (ed.), Kant’s Metaphysics of Morals: interpretative essays. Oxford: Oxford University Press, 2002.
RAWLS, J. Political liberalism. New York: Columbia University Press, 1993.
YOVEL, Y. Kant and the philosophy of history. Princeton: Princeton University Press, 1980.
Downloads
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 1969 Federica Trentani

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Os autores retêm os direitos autorais (copyright) de suas obras e concedem à revista Studia Kantiana o direito de primeira publicação.
Autores cedem o direito aos editores de vincular seus artigos em futuras bases de dados.
Todo o conteúdo desta revista está licenciado sob a Licença Internacional Creative Commons 4.0 (CC BY 4.0)

