Os fundamentos teóricos e práticos da filosofia kantiana da história no ensaio Idéia de uma história universal com um propósito cosmopolita
DOI:
https://doi.org/10.5380/sk.v7i9.88590Resumo
Neste artigo analisa-se e reconstrói-se alguns elementos do ensaio Ideia de uma história universal com um propósito cosmopolita com o objetivo de investigar a legitimidade do empreendimento de uma História universal tendo como critério de avaliação as teses defendidas por Kant na Crítica da razão pura e na Fundamentação da metafísica dos costumes. Em contraposição a Allen Wood, que defende a existência de uma primazia teórica no projeto histórico-filosófico de Kant, defende-se que há, na verdade, um entrelaçamento de pressuposições teóricas e práticas que se legitimam apenas a partir de um interesse prático da razão. Nesse sentido, mostra-se como os fundamentos teóricos e práticos se articulam e se autodeterminam, constituindo, dessa forma, um novo campo para a reflexão filosófica, o qual se coloca entre os domínios da metafísica da natureza e da metafísica dos costumes. Por fim, sugere-se que essa reflexão histórico-filosófica pode ser entendida como uma resposta da filosofia crítica a questão: "que me é permitido esperar?".
O texto se encontra dividido em cinco partes. Na primeira, faz-se uma apresentação dos problemas a serem discutidos e se reconstrói a tese de Allen Wood, a qual servirá como contraponto no desenvolvimento da tese aqui defendida e orientará a formulação dos argumentos. Na segunda parte, enumeram-se as passagens do texto que servem como indicação da tese aqui defendida. Esses excertos são brevemente comentados e serão retomados na apresentação dos dois argumentos que rebatem a interpretação de Wood, os quais constituem a terceira e a quarta parte deste texto. Na última seção, faz-se uma retomada geral da posição aqui defendida e se estabelece algumas considerações mais amplas a respeito do projeto de uma História universal e sua relação com o empreendimento crítico-transcendental.
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