Confiança condicional. Certeza metafísica em um mundo contingente
DOI:
https://doi.org/10.5380/sk.v6i6/7.88493Resumo
A metafísica tradicional assumiu que a razão pode apreender uma ordem estável e necessária sob as aparências mutáveis que são apresentadas a nós por meio de nossos sentidos. O artigo endereça a questão de saber, se alguma coisa permanece da metafísica se aceitarmos que o mundo é completamente contingente (não-necessário). Conforme o diagnóstico de Immanuel Kant das falácias da razão pura na "Dialética Transcendental" da Crítica da Razão Pura, pensamento racional como tal segue uma estrutura recursiva de perguntas "Por quê?", com a conseqüência de que nossas perguntas podem alcançar um fim (um fim no qual a "necessidade da razão" é satisfeita) apenas com algo "incondicionado". Contra isto, é argumentado que a estrutura recursiva diagnosticada por Kant é característica não da razão como tal, mas apenas de uma concepção particular da razão que dominou a metafísica ocidental desde os dias de Platão e Aristóteles. Sob uma concepção pragmatística do pensamento racional, por contraste (uma concepção prevista pelo próprio Kant em seu argumento dos "Postulados da Razão Prática Pura"), perguntas razoáveis se apresentam e terminam com respostas que, como matéria de fato, não são disputáveis no contexto no qual são dadas. Desta perspectiva, nada necessário e incondicionado é requerido para satisfazer demandas da razão ( medida que fatos contextualmente incontestáveis tratam de perguntas que têm sido tradicionalmente consideradas como metafísicas p.ex., a liberdade da vontade), eles podem servir como base para um tipo pragmatístico de metafísica que pode ser feito sem ordem eterna e sem fundamentos necessários.
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