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HEPATITE B: IMUNIZAÇÃO E RISCOS DE CONTÁGIO EM ACADÊMICOS DURANTE O CURSO DE MEDICINA

Leticia Rosevics, Gabriela Piovezani Ramos, Gabriel Sagais Reis, Murilo Franco Cavassani, Regina Benatti Gondolfo, Odery Ramos Junior

Resumo


Introdução: hepatite B é uma doença com significativa relevância epidemiológica dada sua infectividade, risco de cronificação e potencial carcinogênico. Apresenta a possibilidade de prevenção através da vacinação e subsequente verificação de conversão imunológica, fato de importância ímpar para os acadêmicos de Medicina e profissionais da área de saúde. Objetivo: avaliar o grau de prevenção da hepatite B entre os graduandos de Medicina e o risco de exposição dos estudantes durante a realização de estágios em serviços de urgência e emergência. Metodologia: estudo observacional e transversal, mediante aplicação de questionário aos acadêmicos de Medicina da Universidade Federal do Paraná e Faculdade Evangélica do Paraná. Resultados: foram obtidos 681 formulários completos. 80,76% afirmaram terem sido vacinados para hepatite B. Destes, 62,85% não sabiam seu status sorológico, 86,5% dos quais eram imunes. Em relação a acidentes perfurocortantes, 33,16% dos estudantes que estagiaram em unidades de urgência e emergência tiveram algum acidente e aproximadamente metade não fez o devido acompanhamento. Conclusão: embora seja significativa a porcentagem de acadêmicos imunizados para hepatite B, o estudo demonstra também uma parcela expressiva de estudantes não vacinados. Além disto, alerta para o considerável risco de contágio do vírus B no período de treinamento em serviço, enfatizando a necessidade de maior conscientização sobre a importância da vacina entre os graduandos

Palavras-chave


Hepatite B. Estudantes de Medicina. Riscos ocupacionais. Vacinação. Imunização.

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DOI: http://dx.doi.org/10.5380/rmu.v4i3.56390

DOI (PDF): http://dx.doi.org/10.5380/rmu.v4i3.56390.g33899

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