AVALIAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DE GESTANTES HIPERTENSAS CRÔNICAS DA MATERNIDADE HC-UFPR

Autores

  • Anna Louise Stellfeld Monteiro Universidade Federal do Paraná - Hospital de Clínicas
  • Mariana Collodetto Soares Universidade Federal do Paraná - Hospital de Clínicas
  • Pamela Camara Maciel Universidade Federal do Paraná - Hospital de Clínicas
  • Denis José Nascimento Universidade Federal do Paraná - Hospital de Clínicas

DOI:

https://doi.org/10.5380/rmu.v4i1.52233

Palavras-chave:

Distúrbios hipertensivos gestacionais, Hipertensão gestacional crônica, Pré-eclâmpsia. Desfechos perinatais

Resumo

Introdução: Levando em consideração a importância das síndromes hipertensivas nas taxas de mortalidade materna em nosso meio; o trabalho em questão visa a análise das principais características e complicações hipertensivas das gestantes portadoras de Hipertensão Arterial Crônica (HAC) acompanhadas na maternidade do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (HC-UFPR). Materiais e Métodos: Dentre as 88 gestações analisadas, foram coletadas informações referentes à idade, etnia, paridade, peso inicial e final, comorbidades, a presença ou ausência de complicações hipertensivas. Os dados foram sumarizados por média e desvio padrão ou frequência e percentagem, conforme o tipo da variável. Para as variáveis categóricas foi utilizado o teste exato de Fischer. O nível de significância adotado foi p<0,05. Resultados: 35,2% das gestações evoluíram para pré-eclâmpsia (PE) sobreposta à HAC e 1,11% para síndrome HELLP. A maior proporção das gestantes apresentou idade entre 30 e 35 anos, raça branca e paridade entre uma a três gestações. O ganho de peso gestacional médio foi de 11,14 kg. As duas principais comorbidades associadas foram a obesidade e diabetes mellitus gestacional. Por fim, houve correlação estatisticamente significante entre a presença de PE sobreposta e conceptos pequenos para a idade gestacional (p<0,032). Conclusão: O espectro das desordens hipertensivas gestacionais é um problema de grande relevância na saúde pública do país. É de suma importância um maior investimento e melhoria dos serviços especializados em gestações de alto risco para o diagnóstico precoce e melhor manejo das possíveis complicações relacionadas.

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Publicado

2017-05-09

Como Citar

Monteiro, A. L. S., Soares, M. C., Maciel, P. C., & Nascimento, D. J. (2017). AVALIAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DE GESTANTES HIPERTENSAS CRÔNICAS DA MATERNIDADE HC-UFPR. Revista Médica Da UFPR, 4(1), 17–22. https://doi.org/10.5380/rmu.v4i1.52233

Edição

Seção

Artigos Originais