ALTERAÇÕES ELETROCARDIOGRÁFICAS EM CRIANÇAS E JOVENS ASSISTIDOS PELA ASSOCIAÇÃO DOS PAIS E AMIGOS DOS EXCEPCIONAIS (APAE)
DOI:
https://doi.org/10.5380/rmu.v4i1.52232Palavras-chave:
eletrocardiografia, cardiologia, doenças cardiovascularesResumo
Fundamentos: As anormalidades eletrocardiográficas têm sido usadas na tentativa de identificar doenças cardiológicas incipientes. Além disso, há determinadas alterações eletrocardiográficas mais prevalentes em certos grupos populacionais. Objetivo: avaliar eventuais anormalidades eletrocardiográficas dos assistidos por uma unidade da APAE e verificar se estas alterações são mais prevalentes do que as encontradas na população assintomática e comparar a prevalência dessas alterações com as encontradas em outros grupos populacionais específicos. Métodos: Estudo transversal com realização de eletrocardiograma de repouso em 87 assistidos de uma unidade da APAE para análise de eventuais anormalidades eletrocardiográficas. As anormalidades encontradas foram ordenadas em alterações do ritmo, alterações de condução, sobrecarga/hipertrofia de cavidades e alterações da repolarização ventricular e foram colocadas em uma planilha para aplicação de cálculos estatísticos. Os resultados foram confrontados com os resultados de estudos sobre anormalidades eletrocardiográficas encontradas em grupos específicos. Resultados: Foram encontrados 44,52% dos eletrocardiogramas com anormalidades e essas anormalidades não tiveram predominância por sexo (p=0,874). As anormalidades de ritmo foram as mais prevalentes (16,09%), seguidas pelas alterações de condução do estímulo (10,34%) e sobrecarga/hipertrofia de cavidades (9,19%). Conclusões: Esta prevalência é maior do que a encontrada na população assintomática e grupos específicos (por exemplo, atletas) e isto pode sugerir que o grupo de assistidos pelas APAEs mereça atenção especial com relação a acompanhamento cardiológico.
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