Se queres ser universal, cante sua aldeia (Leon Tolstoi)
Resumo
No Brasil, o estatuto do Idoso, definido por lei em outubro de 2003, considera pessoas idosas como aquelas com 60 anos ou mais. Já a Organização Mundial da Saúde (OMS) definiu o idoso a partir da idade de 60 anos ou mais, em países em desenvolvimento e com 65 anos ou mais em países desenvolvidos. Em um relatório publicado em 2015, a OMS estimou que no Brasil o número de pessoas com mais de 60 anos deverá crescer muito mais rápido que a média mundial. Enquanto a quantidade de idosos vai duplicar no mundo até o ano de 2050, ela quase triplicará no Brasil: a porcentagem atual, de 12,5% de idosos, deve alcançar os 30% até a metade do século1. Ou seja, logo seremos considerados uma “nação envelhecida”, por definição um país com mais de 14% da população constituída de idosos, como são hoje a França, Inglaterra e Canadá, por exemplo1.
Nesta edição da RMU, três artigos abordam, em diferentes aspectos, condições clínicas prevalentes em idosos: distúrbios musculoesqueléticos; doença renal crônica; osteoporose e fraturas de fêmur. São afecções que merecem destaque por sua prevalência e por sua morbidade. No curso de Medicina da Universidade Federal do Paraná (UFPR), são abordadas em diferentes disciplinas durante a graduação.
O Departamento de Clínica Médica (DCM) da UFPR está atento a realidade destes fatos e ao crescimento da população idosa também em nossos ambulatórios e enfermarias.
Já há alguns anos foi criado um espaço específico nas enfermarias de Clínica Médica para cuidados paliativos. Esta unidade procura fornecer cuidados que visam melhorar a qualidade de vida de uma pessoa doente e dos seus familiares, aliviando e prevenindo o sofrimento diante de uma doença que ameace a sua vida.
Mais recentemente, neste ano, durante a Reforma Curricular do Curso de Medicina de nossa universidade, o DCM (representado pela professora Maria Aparecida Pachaly) propôs a criação da Disciplina de Geriatria, que será ministrada no 5o período do curso, sob a responsabilidade do professor Vitor Last Pintarelli. Sem sombra de dúvida, uma feliz e importante iniciativa.
Portanto, por todos esses motivos, os artigos desta edição da RMU são mais que bem-vindos e merecem uma leitura atenta.
Texto completo:
PDFReferências
Fonte: http://longevidadeadunicamp.org.br/?p=1379. Acessado em 14.02.2017.
DOI: http://dx.doi.org/10.5380/rmu.v4i4.50764
DOI (PDF): http://dx.doi.org/10.5380/rmu.v4i4.50764.g31705
Apontamentos
- Não há apontamentos.