Open Journal Systems

Editorial

Mauricio Carvalho

Resumo


De modo simplificado, a semiologia médica pode ser entendida como o conjunto de técnicas utilizadas para se chegar a um determinado diagnóstico clínico. Estas técnicas envolvem basicamente a construção de anamnese e a obtenção de dados de exame físico. Entende-se que os dados são obtidos por observação, palpação, ausculta e outros procedimentos simples. Ou seja, sem o uso de métodos invasivos ou de exames complementares mais sofisticados.
Neste número da RMU, na seção Perspectivas, uma estudante de Medicina da UFPR relata as sensações ao se defrontar com um paciente para realizar a anamnese e o exame físico. A dificuldade, por exemplo, com a fundoscopia, é emblemática. Mesmo sendo um relato pessoal, acredito que quase todos os profissionais da área médica compartilharam
algumas destas emoções.
Outro artigo da RMU discute o papel das Ligas Estudantis na formação acadêmica. Neste, comenta-se o desenvolvimento e a utilização de um aplicativo, que pode ser acessado pela Internet ou por smartphone, para auxiliar o ensino da Dermatologia. O início da sistematização da semiologia médica é atribuído a Hipócrates, não por coincidência considerado o Pai da Medicina, há mais de 400 anos antes de Cristo. Este filósofo grego estruturou as bases da anamnese e do exame físico, bases essas que utilizamos até hoje. Entretanto, tomando muito cuidado para não avançarmos para um tecnicismo desenfreado, novos desafios estão à nossa espera. Aplicativos médicos, ultrassonografia durante o exame físico de um paciente (“estetoscópio do século XXI”), iniciativas como o "Stanford Medicine 25 - Promoting the Culture of Bedside Medicine"
(acessado em: http://stanfordmedicine25.stanford.edu) são alguns deles. Como afirma Mozart Neves Ramos, especialista em Educação e diretor de articulação e inovação do Instituto Ayrton Senna. "Temos uma Escola do século XIX, um Professor do século XX e um Aluno do século XXI".
Boa leitura,


Texto completo:

PDF


DOI: http://dx.doi.org/10.5380/rmu.v3i2.47997

DOI (PDF): http://dx.doi.org/10.5380/rmu.v3i2.47997.g28889

Apontamentos

  • Não há apontamentos.