DO EDITOR
DOI:
https://doi.org/10.5380/rmu.v2i3.44050Resumo
Duas publicações referente às escolas de Medicina no Brasil chamaram a atenção nestes últimos dias.
Primeiramente, de 2003 a 2015, o número de escolas médicas saltou de 126 para 257, sendo que as particulares pularam de 64 para 154 e as públicas aumentaram de 62 para 103. Este é um dos dados da Radiografia das Escolas Médicas Brasileiras, lançada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) em agosto (acessado em 16.09.2015 em http://portal.cfm.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=25714:2015-09-04-21-13-21&catid=3). Este levantamento do CFM revela dados preocupantes sobre a qualidade do sistema formador de novos médicos no país. Só em nosso estado são 1400 vagas, distribuídas em 15 escolas (sete federais e estaduais e oito escolas privadas).
Quase ao mesmo tempo, um ranking realizado por um grande jornal brasileiro (Folha de São Paulo, Ranking Universitário Folha 2015, acessado em http://ruf.folha.uol.com.br/2015/) coloca a UFPR na 8º posição dentre todas as universidades brasileiras. Especificamente, quando analisamos o curso de Medicina, caímos para o 29º lugar em nível nacional e somos a 2ª no estado do Paraná (a Universidade Estadual de Maringá é a primeira colocada em nosso estado, na 26º colocação nacional).
Obviamente, classificações como esta podem ser questionadas e seus parâmetros discutidos. Um dos critérios utilizados para a categorização das universidades trata de pesquisa médica, avaliada por este ranking como total de publicações, total de citações, citações por artigo, publicações por docente, citações por docente, publicações em revistas nacionais, recursos captados e bolsistas CNPq. Este fato reforça a necessidade de se criar em nossa Universidade uma nova geração de alunos e futuros médicos capacitados com as mais modernas técnicas de metodologia científica. Mesmo para aqueles que não pretendam direcionar sua formação primariamente à pesquisa, o conhecimento metodológico é importante para, por exemplo, ler e interpretar corretamente a literatura médica, tão abundante em quantidade nestas últimas décadas.
Desta forma, reforça-se a vocação da RMU como instrumento de divulgação da produção científica local. Modestamente, temos a consciência de estarmos localizados na base da pirâmide em termos de impacto. Muito trabalho existe pela frente. Estamos a cada dia vencendo o desafio da periodicidade. Temos já o ISSN para a versão impressa e eletrônica e estamos nos candidatando para indexação em algumas bases de dados.
Ensino, pesquisa e extensão. Vamos criar uma agenda positiva. Evoé!
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
