QUALIDADE DE VIDA, USO DE INSULINA E DIABETES MELLITUS TIPO 2 NA CIDADE DE CURITIBA – PR – DISTRITO PORTÃO
DOI:
https://doi.org/10.5380/rmu.v1i4.40691Palavras-chave:
Diabetes Mellitus, DM2, Qualidade de vida, InsulinaResumo
Introdução: O diabetes mellitus resulta em defeitos na ação e/ou secreção da insulina e possui profundo impacto na qualidade de vida. O diabetes mellitus tipo 2 (DM2) compreende 85-95% dos casos com pico de incidência aos 60 anos. As complicações crônicas podem ser evitadas ou retardadas através do bom controle glicêmico. Objetivo: Conhecer a qualidade de vida através de um questionário aplicado em diabéticos tipo 2, no distrito Portão, município de Curitiba-PR, e correlaciona-lo com o uso de insulina. Métodos: Trata-se de um estudo com delineamento transversal. A amostra consiste em 156 diabéticos tipo 2 com mais de 18 anos de idade, cadastrados nas Unidades Básicas de Saúde e Unidades de Estratégia Saúde da Família no Distrito Portão do município de Curitiba – PR. O instrumento utilizado baseia-se no questionário Diabetes Quality of Life Measures (DQOL – Brasil). As questões eram de caráter objetivo, questionando aspectos da doença, satisfação pessoal, impacto, preocupações sociais e vocacionais e preocupações relacionadas ao DM2. Resultados: 67,2% eram do sexo feminino, 58,9% tinham mais de 60 anos de idade e 46,9% eram aposentados. O tratamento com insulina associado ou não a comprimidos era utilizado por 37,2% dos pacientes. A média da hemoglobina glicada foi de 7,96% e 80,8% desconhecia sua utilidade. Foi encontrada diferença significativa (p<0,05) em todos os módulos do DQOL, mostrando maiores índices de insatisfação em usuários de insulina. Conclusão: Os pacientes com DM2 que utilizam insulina possuem piores índices de qualidade de vida quando comparados aos que não usam insulina e o uso de insulina se mostrou como fator independente na redução da qualidade de vida no distrito do Portão em Curitiba-PR.
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