PROPORÇÃO DE BACTÉRIAS MULTIRRESISTENTES DE UM HOSPITAL PÚBLICO SUL-BRASILEIRO
DOI:
https://doi.org/10.5380/rmu.v1i1.40679Palavras-chave:
Epidemiologia, Sensibilidade, Organismos Multi-droga resistentesResumo
Introdução: O conhecimento da epidemiologia de bactérias em instituições hospitalares é de fundamental importância para guiar o tratamento empírico das infecções relacionadas aos cuidados de saúde. Objetivos: Analisar o perfil de sensibilidade das culturas realizadas em diferentes sítios dos principais patógenos multirresistentes no Hospital de Clínicas-UFPR, Curitiba, Brasil. Metodologia: Os dados foram analisados a partir da planilha de culturas do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) do Hospital de Clínicas. Resultados: Foram analisadas 2312 amostras. Das 304 amostras de S. aureus, MRSA representou 18,4%. Dos isolados de Enterococcus sp, 48,1% eram VRE, em sua maioria representado pelo E. faecium. Porém a proporção de VRE em hemoculturas foi de 9,5%. De 731 amostras de Enterobactérias, 41% eram resistentes ao cefepima. Klebsiella pneumoniae foi a que apresentou maior proporção de cepas resistentes ao cefepima (65,9%) entre as Enterobactérias. As amostras de Acinetobacter baumannii apresentaram altas taxas de resistência à ampicilina-sulbactam (89,2%) e aos carbapenêmicos (90,3%). Dos antimicrobianos avaliados, o que apresentou melhor cobertura para os isolados de Pseudomonas aeruginosa foi a ceftazidima (79,2%). Conclusão: A proporção de MRSA foi menor do que a de outros hospitais brasileiros. A alta prevalência de Enterobactérias e de gram negativos não fermentadores de glicose resistentes confirmam a tendência nacional e latino-americana, com proporções maiores que a de hospitais norte americanos e europeus.
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