Open Journal Systems

Crescimento e tendência de queda da acumulação de capital no Brasil

João Basílio Pereima

Resumo


As baixas taxas de crescimento econômico do Brasil em 2011 e 2012 e as incertezas quanto à capacidade de crescimento para os próximos anos são sintomas de restrições endógenas da economia brasileira e não apenas resultado de choques exógenos provocados pela crise mundial. As variáveis endógenas representam um conjunto de forças restritivas com impactos muito mais significativos do que o impacto negativo dos choques externos. Estas restrições provêm de mudanças estruturais que estão em curso na economia brasileira, entre as quais se destacam a aproximação rápida do fim do bônus demográfico, limites à expansão do mercado de trabalho e esgotamento da capacidade de absorção de capital (deepening of capital), entre outros fatores conjunturais. Este artigo analisa e dá destaque à três importantes variáveis que podem já estar exercendo um papel restritivo ao crescimento: bônus demográfico, mercado de trabalho e o aprofundamento do capital (deepening of capital), esta última uma ideia que remonta à Harrod Domar (1948), a qual ampliamos o escopo e significado e que é aplicável ao caso do Brasil atual.

Palavras-chave


Crescimento; Acumulação de Capital; Transição Demográfica

Texto completo:

PDF


DOI: http://dx.doi.org/10.5380/ret.v8i3.29871