RECONHECIMENTO E ORGANIZAÇÃO DAS RELIGIÕES AFRO-BRASILEIRAS NUMA CIDADE DE COLONIZAÇÃO GERMÂNICA
DOI:
https://doi.org/10.5380/rt.v5i1.45760Palavras-chave:
Memória, Identidade, Religiões afro-brasileiras, Candomblé, Mercado Religioso.Resumo
Neste artigo apresento reflexões sobre a construção de um saber-poder a respeito das religiões afro-brasileiras em Joinville/SC, cidade que ocupa papel de destaque no processo de ocupação europeia no Sul do Brasil, mas que acolheu outras identidades em seu território, desde meados do século XIX. É uma reflexão historiográfica que problematiza a teia constituidora das dizibilidades inerentes ao estabelecimento dessas religiões no cenário da cidade, nas décadas finais do século XX, apontando para estratégias de consolidação dos grupos e para as críticas às fontes utilizadas na construção do saber historiográfico. Neste cenário, as fontes orais exigem do historiador uma sensibilidade específica para valorar e sistematizar narrativas, aparentemente desconexas, as quais, associadas às outras formas de enunciação, conferem sentidos à realidade, distintos daqueles sustentados pelo “status quo”. Diante disso, espaço, tempo e narrativa são fenômenos de uma trama em que essas agremiações religiosas a um só tempo reivindicam o direito ao pertencimento à cidade ao mesmo tempo em que reafirmam que a realidade social é consolidada na e pelas diferenças.
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