O USO DAS ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE NO REASSENTAMENTO RURAL COLETIVO, TRAVESSÃO KM 27, VITÓRIA DO XINGU-PARÁ.

Autores

  • José Antonio Herrera Universidade Federal do Pará - UFPA Campus Universitário de Altamira Faculdade de Geografia -FacGeo Programa de Pós Graduação em Geografia - PPGEO / UFPA - Belém. Laboratório de Estudos das Dinâmicas Territoriais na Amazônia - LEDTAM http://orcid.org/0000-0001-8249-5024
  • Danyelly Feitosa da Costa Universidade Federal do Pará - UFPA Campus Universitário de Altamira Laboratório de Estudos das Dinâmicas Territoriais na Amazônia - LEDTAM http://orcid.org/0000-0002-3333-4344
  • Wellington de Pinho Alvarez Universidade Federal do Pará - UFPA Campus Universitário de Altamira Faculdade de Geografia -FacGeo Laboratório Integrado de Geotecnologias - LABIGEO http://orcid.org/0000-0003-2745-3694
  • Eder Mileno da Silva De Paula Universidade Federal do Pará - UFPA Instituto de Filosofia e Ciencias Humanas - IFCH Faculdade de Geografia e Cartografia - FCG http://orcid.org/0000-0002-6895-2126

DOI:

https://doi.org/10.5380/raega.v52i0.74530

Palavras-chave:

Áreas de Preservação Permanente, Uso do solo, Recursos Hídricos

Resumo

O presente estudo realizado no Reassentamento Rural Coletivo, localizado no Travessão Km 27 do município de Vitória do Xingu-PA, tem como objetivo analisar como as famílias reassentadas utilizam o solo nas Áreas de Preservação Permanente (APP) tendo por referência o Código Florestal Brasileiro (Lei 12.651/2012). Para essa pesquisa, foi realizado levantamento de dados de imagens orbitais do satélite LANDSAT 5 e 8 sensor TM e OLI para os anos de 2011 e 2015, e satélite Sentinel-2A para 2019, as quais foram classificadas no soft Qgis 3.4.7 segundo o mapeamento de uso e cobertura do solo previsto no Manual Técnico de Uso da Terra do IBGE (2013), o qual foi associado e recortado a partir do buffer no tamanho das APPS da rede de drenagem e de suas nascentes. Os resultados encontrados mostram que 77% das áreas de proteção permanentes estão de acordo com as normas vigentes, o qual demonstra o compromisso dos comunitários na proteção de nascentes e da rede drenagem.

Biografia do Autor

José Antonio Herrera, Universidade Federal do Pará - UFPA Campus Universitário de Altamira Faculdade de Geografia -FacGeo Programa de Pós Graduação em Geografia - PPGEO / UFPA - Belém. Laboratório de Estudos das Dinâmicas Territoriais na Amazônia - LEDTAM

Possui Doutorado (2012) em Desenvolvimento Econômico, Espaço e Meio Ambiente pelo Instituto de Economia da UNICAMP, mestrado em Agriculturas Amazônicas pela Universidade Federal do Pará (2003) e graduação em Ciências Agrárias pela Universidade Federal do Pará (2001). Atualmente compõe o quadro de docentes da Faculdade de Geografia no Campus Universitário de Altamira e está vinculado como professor permanente no Programa de Pós-graduação em Geografia - PPGEO / IFCH / UFPA - Campus Universitário de Belém. Líder do grupo de estudos Desenvolvimento e Dinâmicas Territoriais na Amazônia - GEDTAM, tem atuado nas temáticas: Desenvolvimento e Dinâmicas Territoriais na Amazônia e Produção do Espaço Agrário Amazônico. Atualmente os projetos de pesquisas objetivam compreender os efeitos ocasionados por grandes projetos no território, com ênfase na produção do espaço agrário face aos empreendimentos hidrelétricos na Amazônia.

Danyelly Feitosa da Costa, Universidade Federal do Pará - UFPA Campus Universitário de Altamira Laboratório de Estudos das Dinâmicas Territoriais na Amazônia - LEDTAM

Possui graduação em Geografia pela Universidade Federal do Pará (2019). Tem experiência na área de Geografia, com ênfase em Geografia Física. Pesquisadora do Laboratório de Estudos das Dinâmicas Territoriais na Amazônia - LEDTAM

Wellington de Pinho Alvarez, Universidade Federal do Pará - UFPA Campus Universitário de Altamira Faculdade de Geografia -FacGeo Laboratório Integrado de Geotecnologias - LABIGEO

Wellington de Pinho Alvarez cursou Geodésia e Cartografia pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará (IFPA), é Bacharelado e Licenciatura em Geografia pela Universidade Federal do Pará (UFPA), Mestre em Geografia pelo Programa de Pós-Graduação em Geografia (PPGEO) da Universidade Federal do Pará, Doutor em Geografia pelo mesmo programa. É Professor assistente do quadro efetivo da Universidade Federal do Pará no Campus Universitário de Altamira, onde desenvolve pesquisas relacionadas a exploração do potencial paisagístico e o domínio territorial da Amazônia.

Eder Mileno da Silva De Paula, Universidade Federal do Pará - UFPA Instituto de Filosofia e Ciencias Humanas - IFCH Faculdade de Geografia e Cartografia - FCG

Geógrafo (2004), Especialista em Geoprocessamento (2008) e Mestre em Geografia (2008) pela Universidade Estadual do Ceará - UECE , e Doutor em Geografia (2017) pela Universidade Federal do Ceará-UFC. Atualmente é professor da Faculdade de Geografia e Cartografia-FGC do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal do Pará. Professor Colaborador do Laboratorio de Geografia Física da FGC, atua nas áreas de Geografia Física, Hidrogeografia, Geoprocessamento e Sensoriamento Remoto

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Publicado

2021-09-02

Como Citar

Herrera, J. A., Costa, D. F. da, Alvarez, W. de P., & De Paula, E. M. da S. (2021). O USO DAS ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE NO REASSENTAMENTO RURAL COLETIVO, TRAVESSÃO KM 27, VITÓRIA DO XINGU-PARÁ. RAEGA - O Espaço Geográfico Em Análise, 52, 108–128. https://doi.org/10.5380/raega.v52i0.74530