A MINERAÇÃO EM ROCHAS CARBONÁTICAS NA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA- PR: DESAFIOS PARA A PRESERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO CÁRSTICO E ESPELEOLÓGICO
DOI:
https://doi.org/10.5380/raega.v59i0.93178Palabras clave:
Patrimônio espeleológico, explotação mineral, sensoriamento remoto, Google Earth EngineResumen
As rochas carbonáticas são os litotipos com maior volume de explotação e rentabilidade financeira na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), representando a mais importante fonte mineral para a indústria cimentícia, agregados para a construção civil, correção do solo, insumos para a indústria de transformação, além de abrigar o Aquífero Karst da RMC. Porém, a atividade minerária, realizada a céu aberto com o desmonte dos maciços rochosos com o uso de explosivos, impacta diretamente a paisagem cárstica e o patrimônio cárstico regional, notadamente as dezenas de cavernas ocorrentes na região. Assim, considerando a natureza irreversível dos impactos ambientais resultantes da mineração e a ausência de um monitoramento contínuo dessas áreas, utilizou-se dados de sensoriamento remoto, dados minerários oficiais e registros de danos ambientais para identificar o crescimento da mineração de rochas carbonáticas e os impactos sobre o patrimônio espeleológico regional. Os dados da Agência Nacional de Mineração (ANM), os registros históricos do Grupo de Estudos Espeleológicos do Paraná (GEEP-Açungui) e, principalmente, o mapeamento das mudanças de uso da terra a partir da análise de imagens das séries Landsat 5, 7 e 8, foram os dados e informações considerados na análise. O aumento da área com uso e cobertura da terra classificada como “mineração” entre 1980 e 2022, o incremento anual na arrecadação da Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM) e a presença de dezenas de cavernas em áreas com processos minerários ativos permitiram identificar que a mineração em rochas carbonáticas constitui o maior desafio à preservação dos sistemas cársticos da RMC.
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