GEOMORFOLOGIA BRASILEIRA: QUO VADIS?
DOI:
https://doi.org/10.5380/raega.v48i0.75000Palavras-chave:
Ensino, Pesquisa, MassificaçãoResumo
O presente texto analisa os desafios que envolvem a formação adequada de geomorfólogos no Brasil neste início do século XXI. Parte da premissa que vivemos uma época de massificação e que esta massificação é um obstáculo que precisa ser superado. Neste contexto, após avaliar os fatores internos e externos que envolvem a formação do geomorfólogo no Brasil, conclui que a boa instrução depende do avanço da pesquisa de alto nível, mas considera que o sistema Qualis CAPES de avaliação de periódicos prejudica o andamento deste tipo de pesquisa. Conclui ainda que ambos, ensino e pesquisa umbilicalmente relacionados, enfrentam uma série de desafios com destaque para a não desvalorização do empirismo e para a priorização de pesquisas que visem compreender processos de ocorrência global em detrimento das investigações exclusivamente relacionadas a estudos de caso. Pondera que, além desses pontos, existem formas de impactar positivamente a pesquisa e o ensino de Geomorfologia no Brasil. Destacam-se a associação em redes de pesquisa como forma de superar o baixo financiamento e a resistência política frente a movimentos que tentam restringir de forma universal o número de autores por artigo e ou ideologizar as pesquisas científicas. Por fim, considera que vencidos esses obstáculos será possível estabelecer um verdadeiro diálogo internacional e construir no Brasil uma Geomorfologia e uma formação profissional não massificada, densa e original.
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