VARIAÇÃO DA VEGETAÇÃO E SUA RELAÇÃO COM O ÍNDICE TOPOGRÁFICO DE UMIDADE – ITU NO ENCLAVE SUBÚMIDO DAS SERRAS SERTANEJAS-PARAÍBA, NORDESTE, BRASIL

Autores

  • Elânia Daniele Silva Araújo Universidade Federal da Paraíba - UFPB https://orcid.org/0000-0003-4956-6454
  • Jonas Otaviano Praça de Souza Universidade Federal da Paraíba - UFPB
  • Célia Cristina Clemente Machado Universidade Estadual da Paraíba - UEPB

DOI:

https://doi.org/10.5380/raega.v50i0.74614

Palavras-chave:

Semiárido, Áreas de exceção, Índice de vegetação.

Resumo

O entendimento da dinâmica dos ambientes semiáridos tem se tornado cada vez mais necessário, principalmente quando se trata da complexidade de interação dos seus elementos naturais, por esse ser um ambiente dotado de particularidades. O semiárido brasileiro possui uma grande diversidade paisagística e a interação dos seus elementos naturais proporcionará a formação das áreas de exceção, principalmente por sua disposição orográfica, proporcionando naquele ambiente um diferenciado regime de chuvas, solos e vegetação. Localizado no Sertão Paraibano está o complexo de Serras, objeto de estudo dessa pesquisa que possui um regime diferencial quanto aos seus aspectos geoambientais. A fim de entender suas particularidades, buscou-se identificar a relação entre a topografia e a umidade na manutenção da vegetação local. Para tanto, foram aplicados o Índice Topográfico de Umidade (ITU) e o Índice de Vegetação aplicado ao solo (IVAS), a fim de identificar se há correlação entre essas duas variáveis. Para o ano chuvoso o ITU não apresentou uma correlação com a variação da biomassa, devido ao aumento da precipitação, inclusive da que não é identificada pelos postos pluviométricos, mas apresentou para o ano seco. Embora não tenha havido uma correlação direta entre os índices, os resultados permitem a percepção de que há a existência de uma vegetação particular que se mantém principalmente por sua interação com o clima local que influenciado pela altitude proporciona uma maior umidade e um regime de precipitação acima da média do semiárido, porém os postos pluviométricos não representam a precipitação que possivelmente ocorre no topo das Serras.

Biografia do Autor

Elânia Daniele Silva Araújo, Universidade Federal da Paraíba - UFPB

Possui graduação em Geografia pela Universidade Federal de Campina Grande (2014). Mestre em Geografia pela Universidade Federal da Paraíba-UFPB (2018). Doutoranda em Geografia pela Universidade Federal da Paraíba-UFPB. Professora da rede estadual da Paraíba na escola E.E.E.F.M. Major Veneziano Vital do Rêgo. Tem experiência na área de Geografia, com ênfase em Geografia Física, atuando principalmente nos seguintes temas: Semiárido, Vegetação de Caatinga; Sensoriamento Remoto; Geoprocessamento; Mapas; Ensino de Geografia.

 

Jonas Otaviano Praça de Souza, Universidade Federal da Paraíba - UFPB

Possui graduação em Bel. em geografia pela Universidade Federal de Pernambuco(2008), mestrado em Geografia pela Universidade Federal de Pernambuco(2011), doutorado em Geografia pela Universidade Federal de Pernambuco(2014) e pós-doutorado pela University of Liverpool(2019). Atualmente é Revisor de periódico da Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental (Online), Professor Adjunto da Universidade Federal da Paraíba, Revisor de periódico do Caderno de Geografia (PUCMG. Impresso), Revisor de periódico da Boletim Gaúcho de Geografia, Revisor de periódico da Okara : Geografia em Debate (UFPB), Revisor de periódico da Comunicata Scientiae (Online), Revisor de periódico da Catena (Cremlingen), Revisor de periódico da Progress in Physical Geography, Revisor de periódico da BOLETIM DE GEOGRAFIA (UEM) e Revisor de periódico da Journal of South American Earth Sciences. Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Geografia Física.

Célia Cristina Clemente Machado, Universidade Estadual da Paraíba - UEPB

Possui graduação em Biologia pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (2005) e mestrado em Biodiversidade e Biotecnologia Vegetal pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (2008). Concluiu o Curso de Doutorado em Geografia da Universidade Federal de Pernambuco (2014). Tem experiência na área de Biogeografia e Técnicas de Geoprocessamento e Sensoriamento Remoto.

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Publicado

2021-04-12

Como Citar

Silva Araújo, E. D., Praça de Souza, J. O., & Clemente Machado, C. C. (2021). VARIAÇÃO DA VEGETAÇÃO E SUA RELAÇÃO COM O ÍNDICE TOPOGRÁFICO DE UMIDADE – ITU NO ENCLAVE SUBÚMIDO DAS SERRAS SERTANEJAS-PARAÍBA, NORDESTE, BRASIL. RAEGA - O Espaço Geográfico Em Análise, 50, 153–169. https://doi.org/10.5380/raega.v50i0.74614

Edição

Seção

Artigos