VARIAÇÃO DA VEGETAÇÃO E SUA RELAÇÃO COM O ÍNDICE TOPOGRÁFICO DE UMIDADE – ITU NO ENCLAVE SUBÚMIDO DAS SERRAS SERTANEJAS-PARAÍBA, NORDESTE, BRASIL
DOI:
https://doi.org/10.5380/raega.v50i0.74614Palavras-chave:
Semiárido, Áreas de exceção, Índice de vegetação.Resumo
O entendimento da dinâmica dos ambientes semiáridos tem se tornado cada vez mais necessário, principalmente quando se trata da complexidade de interação dos seus elementos naturais, por esse ser um ambiente dotado de particularidades. O semiárido brasileiro possui uma grande diversidade paisagística e a interação dos seus elementos naturais proporcionará a formação das áreas de exceção, principalmente por sua disposição orográfica, proporcionando naquele ambiente um diferenciado regime de chuvas, solos e vegetação. Localizado no Sertão Paraibano está o complexo de Serras, objeto de estudo dessa pesquisa que possui um regime diferencial quanto aos seus aspectos geoambientais. A fim de entender suas particularidades, buscou-se identificar a relação entre a topografia e a umidade na manutenção da vegetação local. Para tanto, foram aplicados o Índice Topográfico de Umidade (ITU) e o Índice de Vegetação aplicado ao solo (IVAS), a fim de identificar se há correlação entre essas duas variáveis. Para o ano chuvoso o ITU não apresentou uma correlação com a variação da biomassa, devido ao aumento da precipitação, inclusive da que não é identificada pelos postos pluviométricos, mas apresentou para o ano seco. Embora não tenha havido uma correlação direta entre os índices, os resultados permitem a percepção de que há a existência de uma vegetação particular que se mantém principalmente por sua interação com o clima local que influenciado pela altitude proporciona uma maior umidade e um regime de precipitação acima da média do semiárido, porém os postos pluviométricos não representam a precipitação que possivelmente ocorre no topo das Serras.
Referências
ALCÁNTARA AYALA, I. Índice de susceptibilidad a movimientos del terreno y su aplicación en una región semiárida. Revista Mexicana de Ciencias Geológicas, Querétaro v. 17, n. 1, p. 66-75 2000.
ALI, G. A.; ROY, A. G.; LEGENDRE, P. Spatial relationships between soil moisture patterns and topographic variables at multiple scales in a humid temperate forested catchment. Water Resources Research, Washington v. 46, n. 10, p.1-17, 2010.
ALLEN, R. G.; TASUMI, M.; TREZZA, R. SEBAL (Surface Energy Balance Algorithms for Land). Advance Training and User’s Manual–Idaho Implementation version 1.0, p. 97, 2002.
BASTIAANSSEN, W.G.M. SEBAL – Based Sensible and Latent Heat Fluxes in the Irrigated Gediz Basin. Journal of Hydrology, Turkey, v.229, p.87-100, 2000.
BEVEN, K. J.; KIRKBY, M. J. A physically based, variable contributing area model of basin hydrology. Hydrologic Science Bulletin, v.24, n.1, p.43–69, 1979.
COELHO, F.F.; GIASSON, E. Métodos para mapeamento digital de solos com utilização de sistema de informação geográfica. Ciência Rural, Santa Maria, v. 40, n. 10, 2010.
FUNDAÇÃO JOAQUIM NABUCO – FUNDAJ. Semi-árido: Proposta de convivência com a seca. 2002.
HARDY, A. J. Mapping soil moisture as an indicator of transport corridor slope instability using remotely sensed data. Journal of Maps, v. 6, n.1, p. 1-11, 2010.
HUETE, A. R. Adjusting vegetation índices for sail influences. International Agrophysics, V 4, nº 4, p. 367-376, 1998.
HUNG, M.N.W.B.; WROBLEWSKI, C.A.; OLIVEIRA, J.G.; PAULA, E.V. Utilização do Índice Topográfico de Umidade como suporte ao Planejamento e Gestão Ambiental de Unidades de Conservação de Uso Sustentável. ANAIS DO XI SINAGEO, nº 11, 2016, Maringá, 15 a 21 de setembro de 2016. 6p.
LUNGUINHO, R.L.; SOUZA, J.O.P; SOUZA, B.I. Inselbergs, Dinâmica Hidrológica e Influência na Caatinga. ANAIS DO XI SINAGEO, n. 11, 2016, Maringá, 15 a 21 de setembro de 2016. 6p.
MALVEZZI, R. Semi-árido - uma visão holística. Brasília, Ed. Pensar o Brasil, 2007.
MARKHAM, B.L.; BARKER, L. L. Thematic Mapper Bandpass Solar Exoatmospherical irradiances. International Journal of Remote Sensing. V.8, N.3, 1978. p. 517-523.
MINELLA, J.P.G.; MERTEN, G.H. Índices topográficos aplicados à modelagem agrícola e ambiental. Ciência Rural, Santa Maria v. 42, n. 9, 2012.
MINISTÉRIO DA INTEGRAÇÃO NACIONAL – MIN. Nova Delimitação do Semi-Árido Brasileiro. 2005.
NEVES, F.F.; SILVA, F. G. B.; CRESTANA, S. Comparação entre três métodos de evapotranspiração potencial aplicados a duas sub-bacias hidrográficas de Descalvado–SP. XVI SIMPÓSIO BRASILEIRO DE RECURSOS HÍDRICOS, n. 16, 2005, João Pessoa, 7p.
REICH, Peter B.; BORCHERT, Rolf. Water stress and tree phenology in a tropical dry forest in the lowlands of Costa Rica. The Journal of Ecology, V. 72, n. 1 p. 61-74, 1984.
SILVA, B. B. da; LOPES, G. M.; AZEVEDO, P. V. Balanço de radiação em áreas irrigadas utilizando imagens Landsat 5 – TM. Revista Brasileira de Meteorologia, v.20, n.2, p.243-252, 2005.
SOUZA, J.O.P.; ALMEIDA, J.D.M.; CORREA, A.C.B. Caracterização e espacialização da precipitação em bacia hidrográfica com relevo complexo: Sertão Central Pernambucano–Bacia do Riacho do Saco. Revista de Geografia. Recife, v. 32, n. 2, p.106-126, 2015.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Declaro que o ARTIGO submetido é INÉDITO, ORIGINAL e de MINHA RESPONSABILIDADE. Declaro que o artigo não foi submetido ou está em avaliação em outra revista/periódico.
Estou ciente dos itens presentes na LEI Nº 9.610/98 (DIREITOS AUTORAIS) e me responsabilizo por quaisquer problemas relacionados a PLÁGIO.
Estou ciente de que o artigo submetido poderá ser removido da Revista, caso se observe A QUALQUER TEMPO que ele se encontra publicado integralmente ou em parte em outro PERIÓDICO científico.
Declaro, COMO PRIMEIRO AUTOR, que os demais autores do trabalho estão cientes desta submissão e de que NÃO receberão qualquer tipo de remuneração pela divulgação do trabalho.
Como primeiro autor, autorizo, de antemão, a RA’E GA - O Espaço Geográfico em Análise(ISSN 2177-2738), a publicar o artigo, caso aceito.