PROTOCOLO DE AVALIAÇÃO RÁPIDA DE RIOS COMO REFERENCIAL PRÁTICO PARA UMA EDUCAÇÃO ECOSSISTÊMICA E TRANSDISCIPLINAR
DOI:
https://doi.org/10.5380/raega.v50i0.67289Palavras-chave:
Paradigma Sistêmico, Complexidade, Ecologia Urbana, Planejamento da Paisagem, Rio UrbanoResumo
Vislumbrando uma educação ecossistêmica e transdisciplinar, propôs-se a utilização de um método de análise integrada e holística de ecossistemas fluviais, o Protocolo de Avaliação Rápida de Rios (PAR), por estudantes do 9º ano do Ensino Fundamental. O PAR foi aplicado no terço inferior do Rio Palmital, no município de Pinhais (PR). O teste estatístico não-paramétrico Kruskal-Wallis demonstrou que, quando analisada a variável total, não houve diferença significativa entre as avaliações dos alunos e nem destas em relação à referência. A comparação entre os parâmetros se deu pela análise da porcentagem de notas atribuídas a cada parâmetro, ordenadas de acordo com a condição equivalente e contrastadas com referência, denotando um panorama geral das condições do rio em cada ponto. O grau de variação dos dados indica a dificuldade de entendimento dos parâmetros ou de interpretação da realidade, refletindo a falta de adaptação prévia dos parâmetros às especificidades locais. Após a aplicação do protocolo, os estudantes preencheram um questionário cujo intuito foi avaliar o potencial do PAR enquanto referencial prático para uma educação ecossistêmica e transdisciplinar. O resultado do questionário apontou para uma relação positiva entre a teoria e prática no processo de ensino e aprendizagem proporcionado pelo protocolo, além da promoção de uma visão ecossistêmica e transdisciplinar.
Referências
ANDREOLI, C. et al. Os Mananciais de Abastecimento do Sistema Integrado da Região Metropolitana de Curitiba –RMC. Revista Técnica da Sanepar, Curitiba, v.12, n. 12, 1999. Disponível em: http://www.sanepar.com.br/sanepar/sanare/V12/Mananciais/
mananciais.html. Acesso em: 02 ago. 2018.
BARBOUR, M. T. et al. Rapid Bioassessment Protocols For Use in Streams and Wadeable Rivers: Periphyton, Benthic Macroinvertebrates, and Fish. Washington: Environmental Protection Agency, cap. 5, v. 2, 1999.
BERGMANN M.; PEDROZO C. S. Explorando a bacia hidrográfica na escola: contribuições à educação ambiental. Revista Ciência & Educação, Bauru, v. 14, n. 3, p. 537-553. 2008.
BIZERRIL, M. X. A.; FARIA, D. S. A escola e a conservação do cerrado: uma análise no ensino fundamental do Distrito Federal. Revista Eletrônica do Mestrado em Educação Ambiental, Rio Grande, v. 10, p. 19-31, 2003.
CALLISTO, M. et al. Aplicação de um protocolo de avaliação rápida da diversidade de habitats em atividades de ensino e pesquisa (MG-RJ). Acta Limnologica Brasiliense, Sorocaba, v. 14, n. 1, p. 91-98, 2002.
CAPRA, F.; LUISI, P. L. A visão sistêmica da vida: uma concepção unificada e suas implicações filosóficas, políticas, sociais e econômicas. São Paulo: Cultrix, 2014. 615 p.
GUIMARÃES, A.; RODRIGUES, A. S. L.; MALAFAIA, G. Adequação de um protocolo de avaliação rápida de rios para ser usado por estudantes do ensino fundamental. Ambi-Agua, Taubaté, v. 7, n. 3, p. 241-260, 2012.
GUIMARÃES, A. Q. et al. Uso de ferramentas alternativas para auxiliar saídas de campo e construção de valores conservacionistas. In: CONGRESSO IBERO-AMERICANO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL, 5., 2006, Joinville Anais... Brasília: MMA, 2006.
KRUPEK, R. A. Análise comparativa entre duas bacias hidrográficas utilizando um protocolo de avaliação rápida da diversidade de habitats. Ambiência, Guarapuava, v. 6, n. 1, p. 147-158, 2010.
LEFF, E. Saber ambiental: sustentabilidade, racionalidade, complexidade, poder. Petrópolis, RJ: Vozes, 2001. 343 p.
MORAES, M. C. O paradigma educacional emergente: implicações na formação do professor e nas práticas pedagógicas. Em Aberto, Brasília, ano 16, n. 70, p. 57-69, abr./jun. 1996.
MORAES, M. C.; VIEIRA, A. J. H. A docência no paradigma educacional emergente. In: CONGRESSO NACIONAL DE EDUCAÇÃO, 12., Curitiba. Anais... Curitiba: PUCPR, 2015. ISSN 2176-1396. Disponível em: http://educere.bruc.com.br/arquivo/pdf2015/
_8237.pdf. Acesso em: 16 jul. 2018.
MORIN, E. Introdução ao pensamento complexo. Porto Alegre: Sulina, 2011. 120 p.
NASCIMENTO, P. L. Educação eco-sistêmica e transdisciplinar: práticas e resultados em 26 anos do trabalho da escola vila. 224 f. Dissertação (Mestrado em Educação: Currículo) – Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2008.
NICOLESCU, B. et al. Educação e Transdisciplinaridade. Brasília: UNESCO, 2000. 185 p.
RODRIGUES, A. S. L. Adequação de um protocolo de avaliação rápida para o monitoramento e avaliação ambiental de cursos d’água inseridos em campos rupestres. 118 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Naturais). Programa de Pós Graduação em Evolução Crustal e Recursos Naturais, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2008.
RODRIGUES, A. S. de L.; CASTRO, P. de T. A. Protocolos de avaliação rápida: instrumentos complementares no monitoramento dos recursos hídricos. Revista Brasileira de Recursos Hídricos, v. 13, n. 1, p. 161-170, 2008a.
RODRIGUES, A. S. de L.; CASTRO, P. de T. A.Adaptation of a rapid assessment protocol for rivers on rocky meadown. Acta Limnologica Brasiliense, Sorocaba, v. 20, n. 4, p. 291-303, 2008b.
RODRIGUES, A. S. L.; MALAFAIA, G.; CASTRO, P. T. Protocolos de avaliação rápida de rios e a inserção da sociedade no monitoramento dos recursos hídricos. Revista Ambiente & Água: An Interdisciplinary Journal of Applied Science, Taubaté, v. 3 n. 3, 2008.
SANTOS, A. Complexidade e transdisciplinaridade em educação: cinco princípios para resgatar o elo perdido. Rev. Bras. Educ. Rio de Janeiro, v. 13, n. 37, p. 71-83, 2008. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-24782008000100007&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 12 abr. 2018.
SUDERHSA. Plano Diretor de Drenagem para Bacia do Iguaçu na Região Metropolitana de Curitiba. Relatório Final, Vol. 4. Curitiba, 2002.
SUDERHSA. Plano Bacia do Alto Iguaçu e Afluentes do Alto Ribeira. Relatório de Diagnóstico. Curitiba, 2007. Disponível em: http://www.recursoshidricos.pr.gov.br/
modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=47. Acesso em: 27 nov. 2018.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Declaro que o ARTIGO submetido é INÉDITO, ORIGINAL e de MINHA RESPONSABILIDADE. Declaro que o artigo não foi submetido ou está em avaliação em outra revista/periódico.
Estou ciente dos itens presentes na LEI Nº 9.610/98 (DIREITOS AUTORAIS) e me responsabilizo por quaisquer problemas relacionados a PLÁGIO.
Estou ciente de que o artigo submetido poderá ser removido da Revista, caso se observe A QUALQUER TEMPO que ele se encontra publicado integralmente ou em parte em outro PERIÓDICO científico.
Declaro, COMO PRIMEIRO AUTOR, que os demais autores do trabalho estão cientes desta submissão e de que NÃO receberão qualquer tipo de remuneração pela divulgação do trabalho.
Como primeiro autor, autorizo, de antemão, a RA’E GA - O Espaço Geográfico em Análise(ISSN 2177-2738), a publicar o artigo, caso aceito.