Open Journal Systems

VARIAÇÕES ESPACIAIS DAS TEMPERATURAS NOTURNAS EM PRESIDENTE PRUDENTE-SP EM EPISÓDIOS DE VERÃO

Renata dos Santos Cardoso, Margarete Cristiane de Costa Trindade Amorim

Resumo


As características de uso e cobertura da terra nas áreas urbanas são diversas, e o ambiente térmico urbano varia não apenas em relação às áreas rurais circundantes, mas também dentro da área urbana. Portanto, entender as causas dessa variabilidade intraurbana da temperatura é um primeiro passo para contribuir com o planejamento urbano. O objetivo desse artigo foi analisar as variações espaciais da temperatura do ar em Presidente Prudente-SP, registradas através de transectos móveis noturnos durante episódios de verão. Os gráficos com os perfis térmicos, a ilustração das características do sítio urbano e do rural ao longo dos trajetos e os perfis topográficos permitiram a visualização das variações de temperatura do ar com os diferentes tipos de uso e cobertura da terra e padrões construtivos. Os resultados indicaram a formação de ilhas de calor de magnitude moderada a forte, com intensidades entre 3,5°C e 5,5°C, sendo que as características mais importantes na diferenciação entre as áreas mais aquecidas e as áreas com temperaturas reduzidas foram a presença de cobertura vegetal, a morfologia da superfície, as condições meteorológicas de cada dia de registro e as atividades antropogênicas.


Palavras-chave


Clima Urbano; Ilhas de Calor; Transectos Móveis

Texto completo:

ARTIGO AUTORIZAÇÃO

Referências


AMORIM, M. C. C. T. O clima urbano de Presidente Prudente/SP. 2000. 378p. Tese (Doutorado em Geografia) -Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo.AMORIM, M. C. C. T. Intensidade e forma da ilha de calor urbana em Presidente Prudente/SP. Geosul, v. 20, n. 39: 65-82, UFSC –Florianópolis/Brasil, 2005.

AMORIM, M. C. C. T. Teoria e método para o estudo das ilhas de calor em cidades tropicais de pequeno e médio porte. 2017. Tese (Livre Docência) -Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade Estadual Paulista, Presidente Prudente.

AMORIM, M. C. C. T.; DUBREUIL, V.; QUENOL, H.; SANT'ANNA NETO, J. L. Características das ilhas de calor em cidades de porte médio: exemplos de Presidente Prudente (Brasil) e Rennes (França). Confins (Paris), v. 7, p. 1-16, 2009.

AMORIM, M. C. C. T.; MONTEIRO, A. As temperaturas intraurbanas: exemplos do Brasil e de Portugal. Confins (Paris), v. 13, p. 1-18, 2011.

AMORIM, M. C. C. T.; DUBREUIL, V.; CARDOSO, R. S. MODELAGEM ESPACIAL DA ILHA DE CALOR URBANAEM PRESIDENTE PRUDENTE (SP), BRASIL. Revista Brasileira de Climatologia, v. 16, p. 29-45, 2015.

BARBOSA, H. P.; AMORIM, M. C. C. T. Clima urbano em Presidente Prudente/SP: diferenças térmicas e higrométricas urbano/rural em episódios de outono. Revista GeoNorte, v. 2, p. 220-232, 2012.

CARDOSO, R. S.; AMORIM, M. C. C. T. Análise do clima urbano a partir da segregação socioespacial e socioambiental em Presidente Prudente-SP, Brasil. GEOSABERES: Revista de Estudos Geoeducacionais, v. 6, p. 122-136, 2015.

ELIASSON, I. Intra-urban noctural temperature differences: multivariate approach. Climate Research, 7: 21-30, 1996.

FIALHO, E. S. Ilha de calor em cidade de pequeno porte: Caso de Viçosa, na Zona da Mata Mineira. 2009. Tese (Doutorado em Geografia Física)-Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo.

GARCÍA, F. F. Manual de climatologia aplicada: clima, medio ambiente y planificación. Madrid: Editorial síntesis, S.A., 1995. 285p.HART, M.; SAILOR, D. J. Assessing causes in spatial variability in urban heat island magnitude. In: Proceedings of the Seventh Symposium on the Urban Environment (September, 2007). San Diego, California, USA. 2007, p.1-6.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. IBGE. População estimada 2016. Disponível em: . Acesso em: 7 mar. 2017.

JAMEI, E.; OSSEN, D. R. Intra urban air temperature distributions in historic urban center. American Journal of Environmental Science, 8 (5), 503-509, 2012.

MONTEIRO, C. A. F. Teoria e Clima Urbano. São Paulo: USP, 1976.

MONTEIRO, C. A. F. Adentrar a cidade para tomar-lhe a temperatura. Geosul, Florianópolis: Edufsc, n. 9, ano V, p. 61-79, 1990.

MYRUP, L. O. A Numerical Model of the Urban Heat Island. Journal of Applied Meteorology, 8, 908–918. 1969. doi: http://dx.doi.org/10.1175/1520-0450(1969)008<0908:ANMOTU>2.0.CO;2.

OKE, T. R. The distinction between canopy and boundary‐layer urban heat islands. Atmosphere, 14:4, 268-277, 1976. OKE, T. R. Boundary Layer Climates. 2nd ed. London: Methuen & Co., 1987, 435 p.

OKE, T. R. Initial Guidance to Obtain Representative Meteorological Observations at Urban Sites. IOM Report 81, WMO/TD. No. 1250.World Meteorological Organization, Geneva, 2006. Disponível em < http://www.wmo.int/pages/prog/www/IMOP/publications/IOM-81/-UrbanMetObs.pdf>. Acesso em: 12 ago. 2014.

ORTIZ PORANGABA,G. F. O clima urbano das cidades do interior do Estado de São Paulo: uma análise do campo térmico de Assis, Cândido Mota, Maracaí e Tarumã. 2015. 354f. Tese (Doutorado em Geografia) -Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade Estadual Paulista, Presidente Prudente.

PRESTON-WHYTE, R. A. A spatial model of an urban heat island. Journal of Applied Meteorology, 9, 571-573, 1970.

SAKAKIBARA, Y.; MATSUI, E. Relation between heat island intensity and city size indices/urban canopy characteristics in settlements of Nagano basin, Japan. Geographical Review of Japan, 78: 812–24, 2005.

STEWART, I. D. Redefining the urban heat island. 2011. 368p. Thesis (Doctor of Philosophy). The Faculty of Graduate Studies, The University of British Columbia, Vancouver.

UGEDA JUNIOR, J. C. Clima urbano e planejamento na cidade de Jales-SP. 2012. 383f. Tese (Doutorado em Geografia) -Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade Estadual Paulista, Presidente Prudente.

VAN HOVE, L. W. A.; STEENEVELD, G. J; JACOBS, C. M.J.; HEUSINKVELD, B. G.; ELBERS, J. A.; MOORS, E. J; HOLTSLAG, A. A. M. Exploring the Urban Heat Island Intensity of Dutch cities; Assessment based on a literature review, recent meteorological observations and datasets provided by hobby meteorologists. Wageningen, Alterra, Alterra report 2170. 60 pp.; 11 fig.; 13 tab.; 120 ref. 2011




DOI: http://dx.doi.org/10.5380/raega.v42i0.47773