TERRITÓRIO QUILOMBOLA, ETNODESENVOLVIMENTO E TURISMO NO NORDESTE DE GOIÁS
DOI:
https://doi.org/10.5380/raega.v40i0.46121Palavras-chave:
Comunidades tradicionais, Impactos sociais e econômicos, EmpoderamentoResumo
Os Kalunga, população afrodescendente, são povos tradicionais, que têm suas comunidades no Sítio Histórico e Patrimônio Cultural Kalunga, no Nordeste de Goiás. A atividade turística na comunidade dos Kalunga foi introduzida desde a década de 2000, com mais vigor na comunidade de Engenho II. A metodologia fez uso de consultas a sites, leituras de relatórios e dissertações sobre o tema e, a realização de entrevistas no procedimento da pesquisa-ação. Além de refletir sobre a inserção de turismo e seus impactos políticos, econômicos e sociais até na percepção dos Kalunga, considerou-se importante refletir o turismo local à luz do etnodesenvolvimento. Os resultados apresentados derivam de análise feita na comunidade Engenho II. Conclui-se que os Kalunga daquela comunidade concebem a atividade turística como promotora da melhoria de vida para alguns e há o interesse por esta atividade; contudo, a presença de turistas no Sitio não se deve ao etnoturismo, na opinião deles; atualmente, o turismo favorece o enriquecimento de alguns, agravando as fissuras sociais, as possibilidades de fortalecimento do turismo e de fazer a inclusão social dos Kalunga depende de um empoderamento da Associação. O etnodesenvolvimento nos Kalunga é a forma democrática, solidária de promover a socialização do trabalho e da renda advinda com o turismo.
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