CARTOGRAFIA GEOGRÁFICA: ENTRE O “JÁ-ESTABELECIDO” E O “NÃO- MAIS-SUFICIENTE”
DOI:
https://doi.org/10.5380/raega.v30i0.36083Palavras-chave:
Formação superior em Geografia, linguagem cartográfica, espacialidades.Resumo
“Cartografia Geográfica” designa o campo da formação superior em Geografia que se dedica à cartografia. Ao se considerar as diversas possibilidades de cartografias e espacialidades que coexistem no contemporâneo, propõe-se entender este campo num “entre” o “já-estabelecido” e o “não mais suficiente”. Ambos os domínios, tomados separadamente, podem ser considerados como despotencializadores da cartografia na Geografia. Contudo, no “entre” os dois domínios pode ser situada a pertinência e a riqueza de se fazer e pensar a cartografia na geografia na atualidade. O propósito deste texto é trazer elementos para dar visibilidade ao “entre” mencionado. Parte-se inicialmente de uma discussão sobre a linguagem e sobre os caminhos da semiótica cartográfica que, ao se inspirar na linguística estrutural voltou-se para dentro do mapa (arranjos de signos), imprimindo um modelo fortemente representacional para a cartografia, aqui identificado como o “já-estabelecido”. A seguir são apresentadas ideias de alguns autores contemporâneos que trazem abordagens pós-representacionais, que ressituam a relação entre a ciência (cartografia) e seu objeto (o mapa), pois, face às modificações contemporâneas de entendimento da espacialidade, o “já-estabelecido” passa a ser “não mais suficiente”. Nas considerações finais são delineadas algumas estratégias para se habitar este “entre” como potência criativa para expansão do campo da Cartografia geográfica.
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